Autor desconhecido
30/12/2022
Tô fazendo freela de foto em um buffet infantil. Eis que escuto essa conversa entre dois meninos (acho que) de 6 anos:
– Você conhece o Dudu (aniversariante) de onde?
– Não conheço, minha mãe trabalha aqui e ela me traz em todas as festas.
– Que legal! Mas seu pai deixa você vir todo dia?
– Meu pai trabalha entregando pizzas na pizzaria, à noite. Aí, ele não pode ficar comigo.
– Você gosta mais do trabalho do seu pai ou da sua mãe?
– Ah, não sei, porque meu pai ganha pizza de graça e eu como. É muito legal.
– Noooooossa, eu queria comer pizza todo dia. Meu pai é médico de pessoas e minha mãe é médica de dente. Muito chato.
– Chato mesmo, mas você pode ir na minha casa comer pizza, se quiser.
– Eu quero.
– Se você quiser, leva um currículo do seu pai, eu peço para o meu pai entregar para o chefe dele lá na pizzaria. Ele fez isso pro meu tio.
– O que é currículo?
– É um papel de perdir emprego.
– Tá, vou falar pra ele.
Nenhuma criança nasce preconceituosa, arrogante ou elitista. Elas se tornam.”
* Reproduzido da página do jornalista Ricardo Amorim no Facebook