Debilidades da direita

 

Marco Frenete
13/04/2023

 

Historicamente, a direita tende a entregar a cabeça dos seus, visando aplacar a ira daqueles que a própria direita considera os deuses do momento. Já a esquerda faz exatamente o contrário: enquanto a vitória não é completa, protege integralmente os seus. Ou seja, os honestos sacrificam os honestos, pagando o pedágio por meras narrativas criadas pela própria esquerda; e os bandidos protegem os bandidos, não importando as provas cabais contra eles.

Também historicamente, a direita tende a tratar com condescendência a esquerda, enquanto a esquerda trata a direita de modo impiedoso.

Lembre-se de que todos os grandes criminosos da esquerda, Marx, Stalin, Fidel etc., foram presos mais de uma vez, e libertados porque “não ofereciam perigo real”. E da palhaçada brasileira de “anistiar” terroristas e depois esses terroristas retornarem para perseguir militares, nem é preciso comentar.

A esse fenômeno de subserviência se dá o nome de “guerra assimétrica”, onde um lado usa canhões e o outro lado pede desculpas por usar estilingues; e, por pedir desculpas, termina preso ou fugido. Depois de tanto tempo praticando essa estranha guerra, a direita sempre termina acuada, restando apenas a clássica frase: “Fizemos o possível”; ou sua variação: “Não adianta me cobrar, estou de mãos atadas”. E a pergunta sobre o porquê de ter permitido que as mãos fossem atadas fica no passado, creditada na conta do Abreu.

É por isso que, e novamente falando do ponto de vista histórico, os ciclos de recuperação da direita são extremamente longos, e suas permanências no poder são breves; enquanto a esquerda tem longos períodos no poder, e, quando caem, rapidamente recuperam o poder perdido, contrariando todas as leis, desde as constitucionais até as das probabilidades.

A direita carrega, há séculos, dois defeitos capitais: o da arrogância e o da pretensão. Esses dois defeitos a impedem de fazer uma autocrítica para admitir que seus métodos são inacreditavelmente ingênuos e ridiculamente ineficazes. Ela é esmagada, e, quando se reergue, busca de novo o estilingue, pede desculpas para a esquerda por estar “armada”, e pensa: “Agora vai!”. Esse é o mito de Sísifo dos conservadores: rolar uma enorme pedra montanha acima, para depois ter essa pedra retornando montanha abaixo, esmagando-os.

 

 

Reproduzo esta importante reflexão extraída
da página de Marco Frenette no Facebook.
O título, tomei a liberdade de colocar.

 

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