TESSERA MAÇÔNICA

 Sérgio Quirino
17 maio 2018

Saudações, estimado Irmão!
TESSERA MAÇÔNICA

Um dos traços que definem nossa cultura é a necessidade que temos de materializar quase tudo.Nosso sucesso é medido pela quantidade de bens materiais que ostentamos, nossa inteligência é garantida pelos diplomas que colecionamos e a nossa integridade é confirmada pelas comendas e medalhas que penduramos em nossas lapelas. Tudo isso são falsos símbolos que nossa mente cria para nos enganar a nós mesmos.Há séculos, os acordos, promessas e tratados entre as pessoas são lavrados e materializados para identificação das partes, esclarecimento e garantia de perpetuação do que foi combinado.

Na Roma antiga, os homens materializavam os contratos entre si por meio das “Tessera Hospitalis” – um objeto feito em pedra, madeira, osso e até metal.

Gravavam-se em uma peça única desenhos, mensagens, monogramas dos acordantes, ou uma frase que tivesse significado para ambos. Quando da despedida, seja por uma visita ou mudança de cidade, a peça era partida ao meio e cada um ficava com uma parte.

Quando voltassem a se encontrar, as partes eram juntadas e ali era garantida a hospitalidade entre eles.

Poderíamos pensar que bastaria a aproximação física e o mútuo reconhecimento para reconhecer a hospitalidade. Mas, o objeto é um ponto de conexão material dotado de um conteúdo simbólico. Da mesma forma que a amizade deve ser protegida das indiscrições profanas, este objeto material é também sacralizado como veículo de boas vibrações, quando manuseado.

As Tesseras Hospitalis eram hereditárias. A amizade consolidada no objeto era garantia de guarita e apoio às gerações futuras.

PARA A MAÇONARIA, A HOSPITALIDADE NÃO É UM CONCEITO ISOLADO. É UM DIFERENCIAL DO MAÇOM.

Ao convivermos com os Irmãos, não o fazemos por simples entretenimento. Nossos propósitos são cultivar o relacionamento, consolidar a amizade mútua e expandir o núcleo familiar.

NÃO EXISTE, FISICAMENTE, A TESSERA MAÇÔNICA, MAS PRECISAMOS CUNHÁ-LA EM NOSSOS CORAÇÕES E MENTES, NOS LEMBRANDO DE QUE HÁ IRMÃOS MAÇONS NECESSITADOS, VIÚVAS (CUNHADAS) E ÓRFÃOS (SOBRINHOS) A SOCORRER.  O LAÇO FAMILIAR MAÇÔNICO NÃO PODE SE LIMITAR AOS TEMPOS DA SAÚDE, DA ALEGRIA E DA RIQUEZA.

Este artigo foi inspirado no livro “NOSSO LADO DA ESCADA” de autoria do Irmão João Guilherme. Na página 74, o autor nos instrui: “A esses pedaços dava-se o nome de Tessera Hospitalis, uma prova de amizade, um elo que nada poderia destruir

Neste décimo segundo ano de compartilhamento de instruções maçônicas, mantemos a intenção primaz de fomentar os Irmãos a desenvolverem o tema tratado e apresentarem Prancha de Arquitetura, enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudos das Lojas.

Precisamos incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de enlevo cultural, moral, ético e de formação maçônico.

 

Fraternalmente
Sérgio Quirino – MI – 33 – KTP
Ano 12 – artigo 18 – número sequencial 667 – 06 maio 2018
Sérgio Quirino – ARLS Presidente Roosevelt 025 – GLMMG
Contato: 0 xx 31 98853-2969 / quirino@roosevelt.org.br
Facebook: (exclusivamente assuntos maçônicos) Sergio Quirino Guimaraes Guimaraes
Os artigos publicados refletem a opinião do autor exclusivamente como um Irmão Maçom.
Os conteúdos expostos não reproduzem necessariamente a ideia ou posição de nenhum grupo, cargo ou entidade maçônica.

 

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