Sílvio Lopes
07/02/2023
“Povos, sacrificai tudo, menos a liberdade de pensamento!” Tal foi a advertência de Johann Fichte, filósofo do idealismo alemão pós Kant (e por este influenciado), ambos expoentes do período conhecido por Iluminismo.
Nada mais atual e sintonizado com um movimento global de supressão das liberdades, que varre nações e continentes e cujo ideal político é o de estabelecer um mundo de um só governo, uma só nação, uma única moeda, e, claro, um único pensamento. Um mundo centrado nessas premissas, com certeza, imprescinde do pensamento único e absoluto para dominar e submeter a sociedade. Em toda parte, essa é a saga opressora que aqui também busca sufocar pensamentos dissonantes, perseguindo e calando quem ouse discordar e sem escrúpulos e qualquer sentido de racionalidade, justificando tais ações como defesa da “democracia”.
Quanta hipocrisia e desavergonhado caráter de gente que jurava ser libertária e contra a ditadura dos “anos de chumbo” – nem tão ditadura quanto julgam, considerando o pouco chumbo dispendido ao longo dos 20 anos que depuração social havida.
A esquerda, a bem da verdade, sempre foi dissimulada e tirânica onde quer que tenha sido implantada, embora use e abuse da retórica democrática como forma de iludir os incautos e ingênuos para se estabelecer e reinar.
Vivemos dias sombrios e incertos. Parafraseando Jean- Jacques Rousseau, outro grande filósofo e contemporâneo de Fichte, “há certo tipo de sociedade em que se impõe opressão à uma maioria em proveito de uma minoria privilegiada”.
É bem esse o quadro hoje em voga, aqui como acolá. Cabe aos homens e mulheres de bem desta nação, enfim, sacrificar tudo para defender nossas liberdades. Enquanto é tempo.
* O autor, Sílvio Lopes, é jornalista e economista.
Fonte:- Puggina.org