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O Ibope constatou um enorme desalento na população brasileira. “O Brasil não anda.”
Por quê?
Historiadores raramente equacionam a história de seus países com a profissão dominante no período estudado.
Quais os profissionais que dominaram esse país?
Até 1950 era o Advogado. E simplificando ao extremo, a visão do Advogado para o desenvolvimento de uma nação é ordem gera progresso.
Basta uma boa Constituição, boas leis, bons juízes que o Brasil irá para frente. Não foi o que ocorreu. As leis nos fazem mais lentos.
Depois tivemos a era do Engenheiro. Deles vêm a ideia de que o Brasil precisa é de infraestrutura, BNDES, grandes obras, e assim o progresso ocorrerá, “naturalmente”.
Depois da ditadura tivemos a era do Economista, que perdura até hoje.
São deles a ideia de que o Brasil precisa é de estímulos fiscais, juros subsidiados, mais gastos governamentais na educação, que o progresso ocorrerá “naturalmente”, graças aos espíritos animais dos empresários.
Os Estados Unidos imperam desde 1912, a era do Administrador.
São deles a ideia de que todos os países têm problemas, e que problemas precisam ser resolvidos rapidamente.
Um país não pode deixar os problemas acumularem ao nível que estamos.
E quando no Brasil aparece um Administrador propondo o que os Estados Unidos fizeram tão bem, ele é imediatamente boicotado por despachantes, políticos, sindicatos, corporações que já lucram oferecendo saídas, furando fila, vendendo caríssimo o pouco que se tem.
Nós não adotamos a visão do Administrador no Brasil até hoje, e para o meu desespero os candidatos de 2018 continuarão a contratar paradões, perfeccionistas vindos dos bancos acadêmicos. Até o Novo caiu nessa.
Professores que não têm o menor conhecimento administrativo, que irão propor reformas perfeitas, lentas e erradas.