SALVE(M) O VENERÁVEL MESTRE
A cada dois anos, instalamos um novo Venerável. Somente os tolos depositam nele o destino da Oficina. Pesado o adjetivo, mas, infelizmente, real. É tolice esperar e depositar a responsabilidade DAS MISSÕES DE UMA LOJA em uma única pessoa.
Se há um Tesoureiro, o Venerável não pode ficar cobrando per captas, pagando boletos, conferindo Troncos. Como Irmão, o Venerável Mestre participa das ações da Comissão de Filantropia, mas elas são coordenadas pelo Hospitaleiro.
Imagine se o Venerável Mestre resolve, a cada instante, mandar trocar, aumentar ou diminuir o volume do som; como ficaria a harmonia da sessão?
Não estamos aqui tratando de tolher ou restringir a maior autoridade da Loja, mas alertar que TODOS NÓS SOMOS RESPONSÁVEIS PELA QUALIDADE DOS TRABALHOS DE UMA LOJA MAÇÔNICA, DENTRO E FORA DO TEMPLO.
Na sua primeira vivência no Trono de Salomão, nosso Irmão escutou várias vezes: – Salve o Venerável Mestre!
Este cumprimento, que demonstra cortesia e reconhecimento, deve provocar naquele que o faz uma sincera motivação fraternal.
Assim, perdoe-me o atrevimento, mas, creio que no âmago de nossa consciência deveríamos dizer:
– Salvemos o Venerável Mestre!
Sua missão e carga energética são muito pesadas. Devemos, então, substituir a sudação SALVE pelo verbo SALVAR.
Este artigo foi inspirado no livro “MANUAL DO MESTRE INSTALADO” do Irmão José Castellani. Na página 15, ele nos instrui sobre a palavra Venerável: “Deriva da palavra inglesa Worship, que significa culto, adoração, reverência – como forma de tratamento. Usada como substantivo é venerar, adorar, idolatrar. Quando usada como substantivo, tem-se o vocábulo Worshipful, que significa adorador, reverente ou venerável, como forma de tratamento.”
Neste décimo segundo ano de compartilhamento de instruções maçônicas, mantemos a intenção primaz de fomentar os Irmãos a desenvolverem o tema tratado e apresentarem Prancha de Arquitetura, enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudos das Lojas.
Precisamos incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de enlevo cultural, moral, ético e de formação maçônico.
Sérgio Quirino – MI – 33 – KTP