Manejo de Minhocários Domésticos

Apresentação

Reduzir os índices elevados de produção de lixo está entre os maiores desafios do século 21. O lixo não tratado é um dos principais causadores de poluição ambiental e diversas patologias à população.

Gestores de instituições públicas e privadas vêm se empenhando na busca por soluções sustentáveis para os diferentes tipos de lixo. Os resíduos gerados nas residências são classificados como lixo doméstico, composto por 50% de resíduos orgânicos, cujo destino tecnicamente mais recomendável é a reciclagem para fertilizantes orgânicos, incineração para produção de energia e uso como biogás.

Enquanto instituições oficiais responsáveis pelo gerenciamento do lixo estudam soluções sustentáveis para o seu aproveitamento socioambiental, as sociedades civis de vários países, inclusive do Brasil, buscam contribuir por meio de coleta seletiva e transformação dos resíduos orgânicos da residência em adubos de qualidade para uso em jardins e hortas caseiras. Essa ação é apoiada por técnicas de vermi-compostagem (compostagem com a ajuda das minhocas) que é processada em recipientes fechados, adequados para residências e até mesmo para apartamentos por serem fechados, não produzirem mau cheiro e não atraírem insetos e roedores.

Pessoas das mais variadas profissões, aposentados e estudantes recorrem frequentemente à Embrapa Tabuleiros Costeiros para obter informações sobre a técnica de minhocultura com vistas à produção de húmus de minhocas por meio de aproveitamento dos resíduos orgânicos domésticos. Este documento também é fruto de várias contribuições dos próprios interessados por meio dos seus sucessos e insucessos nos processos da minhocultura.

Esta publicação é um material informativo que visa esclarecer as dúvidas mais frequentes sobre minhocultura e o manejo do minhocário desde aquisição de matrizes, tipos de minhocários, localização mais adequada e separação dos húmus de minhocas.

Manoel Moacir Costa Azevedo
Chefe-geral da Embrapa Tabuleiros Costeiros

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