o contato com flagelados.

t. s.maia.


Até a metade do séc. passado as mulheres sertanejas que também as considero, antes de tudo, umas fortes (que me desculpe Euclides da Cunha), enfrentaram com galhardia e sem o menor receio de se contaminar, as temíveis doenças contagiosas que aqui, acolá grassaram com rapidez pelas agrestes regiões do Nordeste brasileiro. Elas abraçavam os flagelados, quando os transportavam, mantinham contato bem próximos com as crianças e os velhos contaminados de sua família, que passaram a depender, exclusivamente, da bravura, da dedicação, da luta, que elas, destemidamente, se entregavam. E foram grandes vitoriosas.

Eu que venho lá do sertão, sei que ele glorificou e sei porque enalteceu as inúmeras heroínas nos embates com doenças em lugares inóspitos e que nos assustam demais.
Portanto, essas criaturas demonstravam cuidado, respeito, amor pelos contagiados.
Sem pânico, sem pavor desnecessários como se a intrepidez de cada dessas mulheres fosse uma túnica de imunização contra o mal.

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