Néstor L. Hernández M.·. M.·.
15 fevereiro 2014
A.·. G.·. D.·. G.·. A.·. D.·. U.·.
Or.·. Buenos Aires, 2 de abril de 2012 E.·. V.·.
Nesta leitura de hoje, à noite, não poderia provar a existência de Deus. Ninguém o pode. Como ninguém pode provar a sua não-existência. No entanto, ao longo deste trabalho tentarei obter um pouco mais subsídio para tal objetivo.
Optei por começar com o argumento cosmológico dos mais antigos. Usado por Platão, Aristóteles, e, é claro, Tomás de Aquino. Em essência, nesse argumento se lê: “Deus existe porque o universo existe”. O que pode ser expresso de outra forma. A existência de um universo pressupõe a existência de uma Causa Prima (Deus) para lhe dar a sua subsistência. Considerei um bom argumento, apesar de que outras questões, imediatamente, se seguiram.
O universo (e não Deus) é eterno? Uma vez que um universo que sempre existiu há as mesmas dificuldades conceituais que a existência de Deus. No entanto, fiquei aliviado, ao lembrar que essa condição foi refutada pela ciência. Um universo que sempre existiu é uma inconsistência filosófica porque pressupõe a existência de um passado infinitamente real. Seria impossível ocorrer. Primeiro distinguir entre um infinito teórico (como na matemática) e um infinito real. O primeiro é possível, como um conceito abstrato. O segundo é impossível, na realidade material. Quando se diz sobre o passado, do ponto de vista da nossa realidade, que é o presente. Se houver um passado infinito que, significaria um tempo infinito transcorrido para chegar ao nosso presente, o que é impossível (porque ser infinito).
Uma possibilidade mencionada é que o universo veio do nada. Esta é uma abordagem que, a priori, não parece tão longe da crença em Deus. Mas a realidade é que o universo veio do “nada” é uma impossibilidade filosófica. A lei da não-contradição (direito importante no estudo da lógica) tal conceito é difícil de ser aceito, pois exige que esse “nada” é “algo” e “nada”, ao mesmo tempo, o que não pode ser aceito. Até o momento, contamos com um mundo de definições, e poderia continuar, por aí, gerando novos problemas em nosso raciocínio, por exemplo, para explicar a ordem do universo e seu design complexo evidente.
O “Big Bang”, ou a origem do universo a partir de um ponto de vista materialista (isto é, sem a necessidade de um Criador), é uma teoria que diz que o universo, como o conhecemos hoje, começou 15 mil milhões de anos, em uma gigantesca explosão. Neste caso, e respondendo às leis da física surgiram ao longo de milênios elementos químicos, galáxias e planetas e eventualmente a vida. Mas, é claro, este conceito não explica o que aconteceu antes. O que era “aquilo”que explodiu? Não presume a existência de “alguma coisa” antes do Big Bang? A contestação dos físicos é a seguinte. Antes do Big Bang houve uma “singularidade”, ou seja, condições únicas, onde nem a matéria, nem espaço nem tempo existiu. E essa idéia, de onde vem? Uma teoria. E a definição da singularidade não é tão diferente de como às vezes se descreve Deus. Assim, o “Big Bang” não exclui a existência de um Criador, já que pressupõe a origem do universo em algum momento, no tempo.
As antigas tradições sobre a origem do sistema solar sustentavam a tese dos engenheiros cósmicos. No Vedas surgem imagens muito claras de deuses de outros mundos que mudam o curso dos planetas e nossa Terra. No Timeu de Platão, a imagem é muito clara a esse respeito. Não aparece o “demiurgo”, que é uma espécie de arquiteto que é responsável pela formação do sistema solar. O demiurgo não é um Deus criador ao modo cristão. Trata-se simplesmente de um operador que modifica materiais lhe têm sido entregues.
Como é que se realiza a tarefa? De acordo com Platão, misturando à força viva, com “violência”, a natureza do mesmo com a natureza de “outro”. Em linguagem moderna, superando a inércia da matéria (a natureza do mesmo) à atração gravitacional (a natureza do outro), que é o que devem fazer engenheiros cósmicos para remodelar o sistema solar. Mas o demiurgo, “o arquiteto”, executa a sua tarefa para ajustar cânones numéricos de tipos Pitagóricos, ordenando o movimento dos astros conforme “números musicais”. Os “números musicais”, para os Pitagóricos são séries de quintas e oitavas, ou seja, as frações simples e a série geométrica. Essas narrações mostravam-se muito descritivas, mas… pareceram-me insuficientes para acercar-me mais para convencer-me sobre minha busca.
“Aprender para prever, prever para dominar: Ciência é poder” Bacon declarou em sua famosa frase. Ciência, previsão e domínio são essencialmente sinônimos. A descoberta do planeta Netuno, geralmente aparece como um dos maiores feitos da história da ciência. E, em verdade é assim, porque o poder preditivo é, essencialmente, o atributo que mede o poder de uma disciplina científica.
No caso de Netuno que comentamos, foi prevista a sua existência por Leverrier por volta de 1846, observando irregularidades na órbita de Urano. Além disso, de acordo com a lei de Bode, (Johann Elert Bode, Hamburg 1747 – Berlin 1826, Astrônomo alemão, deve-se-lhe, juntamente com Tito, a formulação da lei das distâncias planetárias que leva seu nome. Iniciado na Loja Emanuel zur Maienblume) devia existir um planeta perto da posição onde, de fato, apareceu Netuno. Leverrier aproveitou-se, então, a lei da gravitação de Newton e da lei de Bode para chegar a predizer a posição de Netuno, e escreveu ao astrônomo Galle, em Berlim, para observá-lo nas proximidades do local determinado por seu cálculo. Galle, que, além de boas instalações telescópicas, tinha um catálogo recente de estrelas feito em Berlim, encontrou naquela mesma noite o novo planeta com um erro de posição – no local indicado por Leverrier – a ordem de dois diâmetros lunares.
É verdade, que a descoberta de Netuno era a demonstração de maior sucesso e definitiva da correção da lei da gravitação de Newton, mas não se deve esquecer que a lei de Bode também contribuiu para sua descoberta. Por que, então, os manuais de ciência enfatizam o papel da lei de Newton omite a intervenção da lei de Bode, nesse caso histórico? A razão é que a lei de Bode não é estruturada com bases mecânicas, não responde à alegada natureza puramente mecânica, que para ser ortodoxo, você deve possuir o sistema solar. A presença da lei de Bode envolve a suspeita de que, além da mecânica, no sistema solar há ainda outra coisa, e temendo que este “algo mais”desperta o espírito científico se a suprime e a ignora, por mais do que a lei seja de uma precisão notável, que explica perfeitamente a disposição dos planetas no sistema solar.
Lei de Bode pode ser expressa por uma série de potências, ou também por meio de uma simples regra matemática que consiste em adicionar 4 à série geométrica de base 3; os números resultantes estão, em perfeita correspondência com as distâncias planetas ao Sol :
série original 0 3 06 12 24 48 096 192 384
mais 4 4 7 10 16 28 52 100 196 388
dividido por 10 0,4 0,7 1,0 1,6 2,8 5,2 10,0 19,6 38,8
Merc. Ven. Terra. Marte. Ceres. Jup. Sat. Ura. Nep. Plutão
Bode Lei : 0,4 0,7 1 1,6 2,8 5,2 10,0 19,6 – 38,8
Dist real: 0,4 0,72 1 1,52 2,8 5,2 9,54 19,2 – 39,4
Descartada a ideia de que esta lei pode ter alguma significação mecânica, cabe perguntar pela origem e a natureza desse estranho ordenamento dos planetas em torno do Sol.
Os cientistas mecanicistas teriam corrigido o problema, considerando que a lei de Bode não é natureza mecânica e o sistema solar é de natureza, puramente, mecânica, a lei de Bode deve ser uma simples coincidência.
Aqui está uma nova prova dos mecanismos psicológicos que perturbam a marcha do raciocínio científico, porque é claro que o mecanicista científico “reprime” Lei de Bode. Por quê?
Porque causa angústia e preocupação. Ele é um convidado estranho em seu mundo de pensamentos puramente mecânicos, que tem ser removido, e, não havendo outra opção, será ignorado. Para quem é capaz de enfrentar a angústia que produz o inexplicável e o desconhecido, o caminho é outro. Vou tentar explicar a lei em outros termos que não foram abrangidos.
Não são muitas, entretanto, as hipóteses que podem ser tratadas nesse sentido. Pensamos que o Criador assim o dispôs, em tal caso a lei de Bode seria um importante argumento teológico. Abordaríamos assim pensamentos de Platão imaginando que “engenheiros cósmicos”decidiram alguma vez, alterar a estrutura do sistema solar e moveram os planetas para outras posições diferente daquelas que ocupavam.
Neste ponto, invadiu-me a idéia, sobre a quantidade de energia necessária que esses ”engenheiros cósmicos”, deveriam lidar se é que eles existiram. Pensei, então, de que energia disporíamos.
Há trezentos anos o homem dispunha, como única fonte de energia os seus próprios músculos, dos seus animais, alguma ajuda do vento e da água. De repente, passou para o domínio do vapor, posteriormente, para o controle do petróleo.
Com o advento da “primeira revolução industrial” o homem descobriu que podia lidar com energias químicas, que caracterizaremos pela energia de um centímetro cúbico de petróleo – neste sentido, não importa dizer que seja pólvora, óleo ou carvão – Essa energia é de cerca de 10 calorias por centímetro cúbico. Por ter este poder o homem criou o milagre do nosso mundo manufaturado, cheio de carros, caminhões, aviões, usinas de energia, etc.
Mas, depois de 1945 o homem ficou de posse da energia atômica, o que fez Einstein decretar a liquidação daquele mundo de energia na escala 10.
A fórmula de energia de Einstein significou que se pode dispor de energia um milhão de trilhões de vezes superior. Na frase deve-se escrever: o número um seguido por vinte zeros, isto é, agora esse número 10 elevado a potência vinte. Um salto, no vazio, muito além da imaginação humana.
Mas este é o limite?
De acordo com o trabalho de Broglie, Bohm e Vigier – que se apóiam no desenvolvimento de Dirac na “energia do ponto zero”- a energia do espaço vazio é infinitamente maior do que a energia atômica.
O que emerge das recentes investigações sobre esses destacados físicos é que, se pudéssemos desfazer do volume de um centímetro cúbico, isso iria gerar uma energia representada por 10 elevados à potência de 150, i.é, o número um seguido de 150 zeros…
Onde permaneceria o pobre petróleo o com o qual, todavia manejamo-nos em nosso mundo “altamente” tecnológico?
No entanto, hoje, podemos explorar a nossa energia atônica de 10 elevados a potência 20 e os cientistas tentam explorar e de controlar a energia de 10 elevados a potência 150.
Pergunto: Que tipo de energia ainda não desenvolvida em nossa jovem estada, em nosso planeta que os “engenheiros cósmicos” disporiam? Além disso, controlariam essa força, a ponto de ser detalhado na sua tarefa? Vejamos.
Uma técnica matemática dos antigos babilônios, egípcios e índios, mas desconhecido para os cientistas gregos e modernos eram “Teoremas métricos” (mais tarde explicados por Gauss, Fubini, Euler, etc.).
Com a aplicação desta técnica metrológica ao sistema solar, descobre-se o fenômeno surpreendente de que órbitas planetárias se encaixam bem na lei de Bode, estão dispostas de tal forma que determinam Medidas Absolutas para cada sistema planetário.
Por exemplo, aplicando-se os Teoremas Métricos à Terra e sua órbita (raio polar e distância do Sol) encontra-se medida absoluta é “a décima milionésima parte de um quadrante do meridiano”. Não descrevo algo incomum, queridos irmãos, por uma curiosa coincidência, é a “convenção de Delambre” para o metro, que é atualmente usado internacionalmente.
A aplicação dos Teoremas Métricos ao resto do sistema solar mostra que ele está organizada de acordo com a medida padrão para os números 2, 3 e 4. E este não pode ser um produto do desempenho mecânico das leis naturais. Gostaria de pensar que é uma estrutura imposta ao sistema solar por uma mente com o propósito deliberado de intenção artística.
Outra surpreendente regularidade aritmética do sistema solar é a série das ”quantidades de movimento“ ou “impulso”, que é o produto da velocidade do planeta pela sua massa.
Na tabela a seguir, podemos ver que esse valor constitui uma série geométrica ordenada a partir do Sol:
Lua | 1,25 | Eros | 4,93 |
Mercúrio | 2.16 | Júpiter | 4.16 |
Vênus | 2,84 | Saturno | 9,20 |
Terra | 2,98 | Urano | 9,91 |
Marte | 2,61 | Netuno | 9,37 |
Ceres | 2,25 | Plutão | 9,50 |
Note-se neste quadro que as “quantidade de movimento” dos planetas estão dispostos em relação à distância a partir do Sol formando uma progressão geométrica de razão 2 a esta:
1,25 – 2,5 – 5 – 10
Significa que estes valores do impulso dos planetas se formam pela duplicação das quantidades .
Recentemente descrevi a intenção artística de seu criador e outra regularidade curiosa, desta vez a partir do caráter visual é a sucessão das cores dos planetas – a partir de Marte – que formam um arco-íris no céu. A ordem das cores do espectro é fielmente seguido por estes planetas, começando com vermelho de Marte e no final o violeta de Plutão através da seqüência bem conhecida: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, violeta. E pergunto-me, se um prisma decompõe uma gota de água e descreve a mesma seqüência em um arco-íris, como explica este evento no espaço vazio.
Que determina a realização de uma obra de arte? Sua regularidade ou norma artística, ao que chamamos de “cânon”. Por exemplo, em de uma partitura de Beethoven podem ser excluídas algumas notas, no entanto, um bom músico, Beethoven conhecedor de estilo indicaria facilmente notas correspondentes. A abordagem racional nos obriga a encontrar uma explicação para essas regularidades. No entanto, nunca encontraria uma explicação mecânica para todos e cada um dessas regularidades, porque não constituem leis, mas cânones.
Não é uma lei que determina a seqüência de notas de uma partitura, mas um cânon ou regra particular. Os cânones que organizam o sistema solar com conteúdos musicais e artísticos não têm nada a ver com leis mecânicas e são estruturas de natureza diretamente artísticas.
Pode-se pensar que ao jogar um monte de letras aleatórias compõe-se um poema, mas não vai fazer qualquer pessoa pensar que a “Divina Comédia” poderia ser feita desta forma. Do mesmo modo, o sistema solar requer a presença de um Demiurgo com intentos artísticos para explicar a sua estrutura.
Vistos os argumentos, eles têm um peso considerável. Examinadas em conjunto são evidências sugestivas de que, pelo menos, “duvidamos” e abrir nossas mentes para a bela possibilidade da existência do Grande Arquiteto do Universo.
Minha contribuição foi abordada a partir de uma busca racional. Ignorei o conceito teológico da fé, o que seria o assunto de uma outra busca.
Achamos que tudo o que vimos é pura coincidência, mas no final prefiro o ponto de vista do famoso diretor do Observatório de Munique, Alexander Wilkens, que, para se referir a estes fatos, disse:
“A palavra coincidência também tem os seus limites …”
Nestor L. Hernandez M.·. M.·.
Tradução: tibério sá maia M.·. M.·.