E Tá proibido?

Quadro de Miguel Angel (acima)
tsmaia

Não se pode falar em religião, nem em Política dentro da Ordem. Especificamente, é proibido falar sobre estes temas, nas reuniões ou nas sessões maçônicas. Aqui, não se coloca nenhuma religião sobre outra. A discussão sobre política também é proibida. Generalizou-se dessa forma, que questionar, contestar entre maçons são atos indesejáveis.

Não obstante, a Ordem foi muito fertilizada, foi fortemente marcada pelas vicissitudes do cristianismo, principalmente do catolicismo, pelo fato de haver edificado com grande obstinação, com indescritível tenacidade as pujantes catedrais espalhadas pelo mundo. Não há porque se surpreender que a Maçonaria carregue o imarcescível e pesado cunho da religião dos homens.

The Ancient of Days de William Blake,

Não obstante, também os Maçons dignificaram a posição que ocuparam como baluartes dos ricos conhecimentos humanos que preservaram, até hoje.

Não obstante, também foram os maçons que conquistaram, impuseram e mantiveram as condições de liberdade que usufruímos.

Não obstante, também foram eles que se destacaram nas lutas pela independência social e política da quase totalidade dos países livres do mundo.

Um exemplo: – A escravidão negra no Brasil foi debelada pelos que faziam parte das lojas da Ordem. Podemos contar nos dedos das mãos antiescravagistas pátrios que não foram maçons.

O conjunto dos conhecimentos que adquirimos; os hábitos sociais e da nossa crença; as prendas do intelectual e das artes; o que nos ensinaram incas e helenos são filtrados pelos dois temas pelos arcanos religiosos e políticos, proibidos, agora e aqui, pelos magníficos poderosos da nossa Ordem.

O verdadeiro maçom não merece ser cercado desse pretenso cuidado dos censores que possuem. Afinal eles foram, comprovadamente, dignos da confiança de todos com quem conviveram, pelas eras, eras e eras.

Certamente, todos ganhariam infinitamente mais, aceitando os erros humanos e eventualmente cometidos pelos maçons do que ficarem tolerando restringimento e proibições dos seus atos por aqueles que impõem limites, em tudo, cerceando essa mesma liberdade que um dia conquistaram.

O tempo, a história, a tradição, seguindo seus passos seculares, marcaram indelevelmente, os corações, o modo de ser e as almas dos maçons, pela grandeza,  pela beleza e pela sabedoria com que edificaram de modo constante e incansável para felicidade humana e para Glória do Grande Arquiteto do Universo.

Não tem o menor sentido se impor, agressivamente, sobre os seus membros, para conter suas exaltações que menoscabam os que pensam de modo diferente. Seja, com o rigor do constrangimento moral, força de coerção ou de excesso de poder. Comportamentos autoritários também não cabem. Ninguém pode lhes diminuir o ímpeto ou negar o que brota do íntimo dos conquistadores de Liberdade que os maçons, sempre foram.

Ninguém mais deveria nos constranger.

Ainda que simbolizado por uma pedra bruta, em lapidação das “arestas”, visando alcançar a personalidades mais justas, mais evoluídas e a suas mais apuradas perfeições, os maçons têm atingidos com enorme precisão a transformação almejada para o seu próprio bem, o bem-estar das famílias que criaram, da instituição que tão fortemente alicerçaram como os castelos e as catedrais que erigiram e a pela evolução social que subjugaram.

A mutação por que passam em busca do ideal tem sido genuína, natural e bem-sucedida, regra geral. Basta, apenas que não neguem que, hoje vivemos melhor. Porque somos melhores. Aprendemos com o que nos ensinaram.

Numa transmutação muito natural. Antes, que fosse a pura alquimia trazida da Idade Média. Definida pela procura da pedra filosofal que possibilitava transformar metais em ouro. Capaz de curar qualquer mal assolador. No entanto, em todos os tempos pela força do seu querer. Pela tenacidade de sua fé. Baseados no bem no belo e no ideal humano com o que batalham.

Os verdadeiros maçons têm, em si, a convicção plena do que lhes espera. “O Filho do homem não veio para ser servido, mas, para servir e também para dar a sua vida em resgate de muitos”. Mateus 20:28

Como os homens, os Maçons têm acreditado que aquilo que eles se convencem como indivíduos fazem diferença, no futuro.

Para eles a paz é sempre bem-vinda se ela acenar. Para eles não se foge da guerra se tiver que lutar. Para eles nós descendemos de um construtor que luta, pertinazmente, pela vida melhor.

“OH! EU QUERO viver, beber perfurmes,
Na flor silvestre, que embalsama os ares;
Ver minh’alma adejar pelo infinito,
Qual branca vela n’amplidão dos mares.
No seio da mulher há tanto aroma…
Nos seus beijos de fogo há tanta vida…
– Árabe errante, vou dormir à tarde
À sombra fresca da palmeira erguida”. Castro Alves.

Não somos de bons costumes?

Iconografia Medieval (ilustração)

Temos no livro de Exodus 3
– Moisés, Moisés! Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isac, e o Deus de Jacó.
Com efeito tenho visto a aflição do meu povo, no Egito… Certamente, Eu serei contigo;

– Disse Moisés: – Eis que quando eu for aos filhos de Israel, e lhes disser:
O Deus de vossos pais me enviou a vós; e eles me perguntarem: – Qual é o seu nome? Que lhes direi?
– Respondeu Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU.
Assim dirás aos olhos de Israel: – EU SOU me enviou a vós.
O Senhor, o Deus de vossos pais, de Abraão, de lsac, e o de Jacó, me enviou a vós; este é o meu nome, eternamente, e este é o meu memorial de geração em geração. EU SOU…

Pois muito bem: Consideramos esses termos: –  Sedes tu perfeito como o Pai do Céu.

Maçons, Maktub é uma palavra em árabe que significa “assim estava escrito”. Assim “tinha que acontecer”. Palavra considerada um sinônimo de “destino” e expressa que alguma coisa que estava predestinada como um acontecimento “escrito nas estrelas”. Apesar de não gostar de fugir do nosso livre arbítrio que age como um indicador de nossos passos.

O lema afixado na bandeira do município de São Paulo NON DVCOR DVCO ampara o seu brasão. Significa “NÃO SOU CONDUZIDO, CONDUZO”. Expressando o modo como alguém se comporta e vive. Eis a atitude dos maçons universais.

Assim, porque não se resolve mudar de foco sobre o que se propaga com elevada arrogância as asneiras citadas, em nome dos rituais malcuidados, dos disse que disse, apoiado por um exército de seguidores experts em costurar em cima de relevantes trabalhos de divinas bordadeiras gregas.

Não podemos falar, não podemos ouvir, não podemos ver? Como na história dos três macacos sábios, conhecida como a regra de ouro no Japão.

Por que cruzar os braços a desigualdade que, sempre combateram? O quadro se agrava quando comprovadamente, sabemos que muitos enriquecem se aproveitando de seu poder político e econômico para obter benesses de um Estado caótico. E nesse ambiente, predominam a frustração, o desalento e a descrença geral no sistema político. Onde florescem também populismos e demagogias de todos os matizes que, com suas propostas simplistas e enganosas de que tudo é possível sem custos, impedem uma discussão desapaixonada sobre as grandes questões que importam para o bom futuro de um povo.

Ou seja, o combate à desigualdade é mais do que um imperativo moral — é condição necessária para crescermos, de forma sustentável e inclusiva.

Quadro – Escola de Athenas – Rafael

A ordem tem que manter fortalecida nossa consistência, pelo exercício, pela participação, pelos debates, pelas ações, pela cultura ainda mais com a tecnologia e o mundo web tão presentes e importantes hoje em nossas vidas.Urgentemente, temos que repensar temos que defender o acesso à internet um direito humano básico também para o Maçom de hoje e seus familiares.

Porque é a Sagrada missão do maçom de tornar feliz a humanidade.

Facebook Comments

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *