As dimensões, as possibilidades em relação ao terreno e outros condicionantes vão depender do quanto os Obreiros poderão dispor para sua edificação, sem comprometer suas obrigações no mundo profano; e que, também, não provoque uma debandada de Irmãos diante das cobranças da tesouraria.
Como tudo na vida e, principalmente, em relação às finanças, há uma virtude maçônica indispensável para nortear os trabalhos.
Esta disposição da alma é a TEMPERANÇA, que juntamente com a Prudência, Justiça e Fortaleça constituem as quatro Virtudes Cardeais. A compreensão clássica da Temperança se vincula à capacidade de observarmos o necessário equilíbrio em tudo que nos dispusermos a fazer. Maçonicamente, podemos interpretar como a moderação dos desejos.
Essa dimensão está explicita quando compreendemos que estamos no Templo para “submeter minha vontade”, “vencer as paixões” e outros aspectos já tratados no artigo “Comedimento Maçônico”.
No linguajar mais coloquial de Minas Gerais seria “medindo bem o fubá com a água, não vai ter angu com caroço”.
Mas, não é exatamente este o foco do artigo. Estando equacionada a construção com as limitações das finanças, é imprescindível sabermos que o templo físico não é decorado com desenhos e cores. Ele é complementado com símbolos e alegorias de importantíssimo conteúdo doutrinal.
Tudo o que se apresenta nas suas paredes, teto e chão tem um propósito definido de codificar uma instrução ou provocar uma reflexão.
Por isso, devemos ter atenção redobrada em não inserir nem suprimir nenhum elemento e pequenos detalhes, que pudessem deturpar nosso inconsciente na captação da mensagem subliminar ali impressa.
O teto da Loja, por exemplo, recebe o nome de Abóbada Celeste, também conhecido como céu. Mas, se os trabalhos começam com o Sol a Pino, por que, no Ocidente, ele é apresentado com estrelas, numa tonalidade azul escura e não como um dia claro?
Poderíamos supor que seria em função do horário de encerramento? Então, ele não deveria ser do “meio dia à meia noite”?
Acontece que há muitos elementos dos símbolos e alegorias que nos são mais visíveis justamente quando há a obscuridade.
Façamos a analogia com uma vela acessa. Quando sua luz se faz mais necessária? Na escuridão. Quando é que ela se torna menos visível? Exatamente onde há luz.
Assim, a instrução sobre a altura de uma loja ser comparada à infinitude do céu não é suficiente. Se assim fosse, bastaria pintar o teto de preto, que nossa percepção visual mandaria para o cérebro a ideia de infinito.
Além das estrelas e de outros astros, é importante nos atentarmos para que o céu no templo não seja simplesmente todo azul.
Para que haja a compreensão, em estados de consciência variados, há nuances de tons de azul no teto e também nas cores, que representam a aurora e o crepúsculo.
Relembre: Quem abre a Loja e como ele a esclarece? Onde nasce o Sol? Como é o céu no amanhecer?
Quem fecha a Loja? Onde o Sol se põe? Como é o céu no entardecer?
REPRESENTAM UMA MEDIDA DE TEMPO.
Sinto muito. Me perdoe. Sou grato. Te amo. Vamos em Frente!
Imprima este trabalho e deixe entre seus materiais maçônicos, havendo oportunidade solicite ao Venerável Mestre sua leitura e promova o intercambio de idéias.
Sérgio Quirino
Grande Primeiro Vigilante
GLMMG
Grande Primeiro Vigilante da Grande Loja Maçônica de MInas Gerais
Contato: 0 xx 31 99959-5651 / quirino@roosevelt.org.br
Facebook: (exclusivamente assuntos maçônicos) Sergio Quirino Guimaraes Guimaraes
Os artigos publicados refletem a opinião do autor exclusivamente como um Irmão Maçom.
Os conteúdos expostos não reproduzem necessariamente a ideia ou posição de nenhum grupo, cargo ou entidade maçônica.