A solidariedade humana existe desde os muitos tempos, que não foram guardados pela memória da gente. Por isso, gosto de dizer como o tecelão que sou que os Deuses nos ensinaram a tecer e acrescento a ser fraternos, com se deduz. Pois unidos supriríamos, necessidades de poder, de sabedoria e de beleza.
A ordem maçônica surgiu da união de uma classe evidentemente, formada em torno das primeiras grandes construções de pedra. As catedrais, os castelos, e os magnânimos empreendimentos, excitantes pela rusticidade e que exigiram enorme conhecimento dos seus realizadores.
A Ordem nasceu como as corporações de ofício de ferreiros, de tecelões, de alfaiates, de sapateiros etc. Todas elas precisaram guardar em suas respectivas arcas suas técnicas especificas, a sete chaves, para difusão de conhecimento, por meio de treinamentos, dos aprendizes.
“Os maçons projetaram-se como caso à parte. Seus trabalhos eram celebrados pelo vulto que assumiam. Pela importância com que eram aplicados e pelo cabedal experiência requerido, no que se destacou Euclides de Alexandria, o “Pai da Geometria”.
Os maçons passaram a ser admirados, estimados e ganharam o respeito e consideração ímpar dos seus contemporâneos de todos os cantos do mundo. Assim, não só conquistaram, como cultivaram e preservaram a liberdade total de ação e de locomoção, pois se deslocavam, sempre, quando necessitavam e para tanto tinham a proteção dos poderosos, de então, das igrejas que lhe incutiu o cunho religioso que trazemos e dos feudos que acrescentaram organização e capacidade de proteção.
Liberdade essa divina faculdade que tem o indivíduo de decidir pelo que mais lhe convém, foi zelosa e perenemente conservada pela Ordem Maçônica que se caracterizou como esteio das mais valiosas criações dos homens.
Tornou-se Instituição, sólida, espontânea que regula nossas ações mantendo-nos em boas relações com todos os demais participantes, em busca de ideais de igualdade, entre os seres através de procedimentos reconhecidos por todos. Apoiou-se em limitadas regras imutáveis, embora simples, claras, fáceis de entender pelo comum das pessoas.
Um desses preceitos mais discutidos, na atualidade é o que exige que devemos acreditar na existência de um ente superior um “Ser Supremo”, da fé Cristã, do Islamismo, Hinduísmo ou qualquer outra religião mundial, desde que alicercem, que reforcem todos os potenciais que almejamos como homens dignos, ou seja, a capacidade para evoluir, incessantemente dominando, criando e transformando o meio ambiente, em que vive, conforme seja inevitável.
O 19º Landmark estabelece – “A negação da crença no Grande Arquiteto do Universo é impedimento absoluto e insuperável para a iniciação”.
As poucas regras, como a exposta que a orientam estabelece como objetivo mais agudo o aperfeiçoamento, a lapidação de todos membros, a transformação para melhor e mais bela de cada um de nós, simbolizado como seus templos. Para a Maçonaria o iniciado temente ao Grande Arquiteto do Universo se ajusta, se amolda, se adapta, incomparavelmente mais a perfeição e justiça almejados
São esses seus juízos autênticos que se apresentam com exatidão, com fidelidade, com precisão eterna e universal. Que se impõem como nossa Verdade. O que sempre foi, é e será, aqui e alhures.
O Velho Sócrates disse: “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses”. Parece lógico que fica difícil o homem conhecer e compreender seu próprio Deus se não percebe direitinho, com fidelidade, e exatidão, profundamente, a si mesmo.
Fico pensando, inversamente: se cada um de nós penetrasse a fundo nos segredos do Universo, sem nem precisar atingir a conhecimentos peculiares sobre Deus, como favas contadas, como páreo certo de ganhar, adentraríamos com tranquilidade nos conhecimentos sobre nós mesmos como quis este filósofo.
Há os que simplificam essa parada dura, para muitos, de acreditar em Deus. Um sertanejo paraibano querendo explicar motivos de sua crença, apelou para suas botas rigideiras inflexíveis e duras que ganhou do patrão e que passou a adorar como objetos santos de tão raras que considerava. Com o tempo percebeu que elas se desgastavam e o magoavam demais o que não ocorriam como a sola simples dos seus pés. E matutou: como podia relegar a Deus, apenas por isso? Pois foi Ele que havia lhe dado essas solas suaves perenes que nunca rangiam?
A gente fica mesmo encucado ao imaginar sobre o poder que exercem os luxuosos e inatingíveis automóveis, como ídolos reverenciados pelos homens comuns, como os que estão expostos, nas lojas, ao redor da Av. Paulista.
Essa idolatria capaz de expulsar Deuses de nossos corações. O mesmo GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO que Ordem Maçônica nos impõe como modelo de nossa perfeição, quanto a conhecimentos, caráter e amor ao próximo.