Sinopse: Caminhada dentro do templo iluminado pela Física para educar-se e entrar em harmonia com o Universo.
Áreas de Estudo: Arte Real; Consciência; Energia; Esoterismo; Física Mecânica; Física Quântica; História; Maçonaria; Natureza; Teoria Quântica.
Muitos são os temas que podem motivar a presença do maçom numa sessão maçônica. O mais instigante é expandir o conhecimento portado nos rituais naquilo que os antigos gravaram para a posteridade desenvolver. Para ver uma sessão “pegar fogo” em termos de debate maçônico, basta liberar a palavra em temas que instiguem o livre pensamento a respeito da Natureza ao nível dos irmãos presentes. É a oportunidade de exercer a tolerância dentro da ilimitada liberdade de investigar a Verdade da Física que atua, vibra e modifica cada um dos presentes.
Os anseios por liberdade ampla e sistemas políticos não totalitários foram molas propulsoras da criação da Maçonaria. Seguindo o modelo do maçom operativo, que guardava segredo das técnicas de construção, os maçons especulativos guardavam segredo de assuntos científicos, filosóficos, esotéricos, comerciais e políticos. Naquela época de obscurantismo não era possível teorizar e especular a respeito de assuntos que poderiam libertar e abrir a mente do povo. Prova disso é a influência significativa que tiveram enciclopedistas e iluministas na ordem maçônica. Assim, a Maçonaria em forma de dogma e na presença do livre-arbítrio afirma que à criatura é dada a liberdade que nenhum poder do Universo tem a capacidade de obscurecer, pois nem o próprio Criador interfere no exercício da liberdade em sentido lato. O homem foi criado livre para pensar e agir conforme seu discernimento.
Olhando para o caminho tomado pela História, se houvesse liberdade de expressão e comercial, a Idade das Trevas seria reduzida ou sequer se estabeleceria. Foi um período de retração econômica, bem como de estagnação cultural devido à falta de conhecimento acessível ao povo em presença do obscurantismo e do fanatismo. Nesse desenho o berço da Maçonaria teve origem em necessidades políticas e comerciais. Por isso a ordem maçônica incentiva àquele que tem na religião o consolo supremo que siga os ditames de sua consciência e não faça proselitismo de suas crenças dogmáticas religiosas em seus templos. A máxima maçônica é: ama o teu próximo.
No decorrer da história da Maçonaria o seu objetivo foi se modificando lentamente para instituição filosófica, política e social. Hoje a realidade é diferente do passado obscuro e tenebroso. O homem desenvolve a ciência na busca da “Teoria do tudo” ou “Teoria M“, onde existe esperança dos cientistas em dar lastro científico aos fenômenos do Universo. Isso é altamente motivador ao investigador maçom. Tem o potencial de abrir o intelecto para novos e inusitados graus de liberdade.
Em Maçonaria pratica-se a Arte Real. Esta tem por objetivo um escopo bem amplo do conhecimento humano, principalmente na busca de explicações entre ciência e fé. Visa à construção do caráter humano e promove o alfabetismo científico, místico, esotérico adaptado ao desenvolvimento tecnológico de cada época. Para isso, com particularidades para cada grau, os rituais maçônicos regulam o funcionamento da sessão e são sempre repetidos para intuir Verdades apoiadas no desenvolvimento científico. Existem dezenas de ritos, assim como o são as diversificações de pensamentos do homem. Todos os ritos constam de detalhes específicos para despertar filosoficamente o participante para diferentes estados intelectuais, energéticos e emocionais. Dado o ambiente sagrado, disciplinado e ordeiro das sessões, energias potenciais da Física são despertadas. Disso depende a elaboração de conceitos Metafísicos que harmonizam fé e ciência longe dos fanatismos de crenças religiosas que sempre inibiram a livre investigação das Verdades Físicas e Metafísicas.
Todo corpo físico emite ondas eletromagnéticas. Por exemplo, quanto mais calor possuir, maior a emissão da radiação do tipo térmica. As energias que se manifestam como fenômeno eletromagnético, como campos energéticos são largamente estudados e até compreendidos em alguns de seus efeitos. Existem, porém, inúmeras formas energéticas como: mecânica, térmica, elétrica, nuclear, química, radiante, espiritual, mental, emocional etc. Todas elas presentes dentro do corpo do homem, o templo que cada maçom é.
O homem pode ser comparado quimicamente ao Universo, isso porque as diferentes moléculas existentes nesse Universo se manifestam em idêntica proporção dentro do seu corpo. Essa identidade faz o homem considerar-se parte do Universo. Especulam os cientistas que existam outros universos cuja formação se baseia em campos de energia mantendo relações idênticas de formação e essência, daí se especular que todos os universos possíveis serem essencialmente campos de energias. Assim fica o homem ligado ao Todo em sua essência: os campos de energia.
Uma loja maçônica simbólica é a sofrível representação do Universo quando situa o maçom dentro do seu diminuto sistema estelar de quinta grandeza. É apenas um ponto de entrada ao Cosmo para o pensador livre. Só a capacidade de abstração e imaginação do pensamento tem a possibilidade de levar o maçom iniciado a quebrar as barreiras siderais e levá-lo a integrar-se intelectualmente com o seu Universo. Para isso ele filosofa! Liberta-se das amarras de crenças, usos e condicionamentos para viajar fora do círculo imposto pela sua clausura planetária material, bem como naquilo que o fizeram acreditar. Essa liberdade do pensamento e da imaginação exige reconhecer como o seu Universo é constituído, desligar-se da materialidade, do concreto, e partir para a investigação do cerne energético do Todo: os campos de energia que formam os universos possíveis.
Partindo do princípio que toda energia produz alguma forma de trabalho, algumas até conhecidas e amplamente utilizadas, em essência, todas permanecem de difícil conceituação. Mesmo a energia elétrica, amplamente estudada, ainda esconde suas características mais sutis e íntimas. O homem, de formas diversas, utiliza da diferença de potencial elétrica para produzir trabalho. Entretanto, desconhece como de fato é a aparência do Elétron que se move para produzir a corrente de elétrons, ou, a corrente elétrica. Não existe instrumento humano que permita ver o Elétron! Apenas é detectado como campo através de instrumentos por via indireta ou cálculo ou manifestação física. Pela ótica da Química e aplicada a Mecânica Clássica de Isaac Newton existem especulações que o Elétron submetido a uma diferença de potencial “pula” da órbita de um átomo a outro adjacente dentro de um material condutor. Pelo Princípio da Transposição da Física Quântica especula-se que um Elétron deixa de se manifestar num lugar do espaço e passa a se revelar instantaneamente em outro: para tal não se aplicam a leis da Mecânica tradicional de deslocamento, massa, espaço e tempo.
No escopo da especulação maçônica para a obtenção da Verdade não interessa obter certezas na área científica, senão o assunto deixaria de ser objeto do filosofar e passaria a ser Ciência. Ademais, a Ciência está limitada ao atual desenvolvimento tecnológico, o pensamento livre não! O maçom alimenta-se de especulações do mundo científico e tecnológico em todas as direções possíveis e em todas as áreas do seu limitado conhecimento para identificar relações do ser com a Natureza, a Física, o Universo, o Uno. Desde Tito Lucrécio Caro, 99 a. C., os pensadores já especulam que as coisas se originam do vazio. “O campo é a única realidade“, dizia Albert Einstein. Máximo Corbucci, médico e físico italiano, afirma que o átomo e as miríades de partículas, conhecidas e desconhecidas, não passam de um imenso abismo vazio onde a massa não existe. Giuliano Preparata, especialista e professor de eletrodinâmica Quântica, assim se expressa: “O vazio é tudo“.
Existem apenas campos. Os mais diversos tipos de campos.
Hoje existem aparelhos que atestam a existência dos invisíveis campos de força sobre os quais já se especula há tanto tempo. Daí entender-se como numa sessão maçônica edificam-se campos energéticos potentes que os instrumentos e sensores humanos não percebem, mas que podem ser intuídos e vistos com “outros olhos”. Estes “olhos” se utilizam da matéria pura, da grande Mãe, da Física, da Natureza, para proporcionar a evolução humana na busca da Verdade que edifica a consciência. A especulação filosófica maçônica propicia a construção de templos vivos, renovados permanentemente. Segue o mesmo caminho da engenharia reversa utilizada pelo empirismo das ciências que culminaram com o acúmulo de conhecimentos do atual estágio técnico-científico. Todo o conhecimento humano é resultado de infinitos ciclos de teses, antíteses e sínteses. O processo de construção mental numa sessão maçônica preconiza a utilização de dicotomias onde diversas alternativas da Natureza são lançadas aos presentes e cada um as aceita ou rejeita dentro na sua formação racional e naquilo que contribua com o desenvolvimento de sua consciência.
Em reuniões maçônicas entende-se da ciência que, no momento em que dois sistemas de energias colidem entre si forma-se um campo energético mais potente com a soma das partes. Cada maçom em loja é um sistema independente de energias, fonte de diversos tipos de energias, umas perceptíveis imediatamente pela proximidade, e outras, mais sutis, apenas detectáveis pelos seus efeitos, normalmente um estado emocional guiado pela racionalidade. Tudo o que é aceito ou rejeitado passa pela memória emocional individual para depois fixar residência na memória intelectual. Deixado só, o maçom permanece em sua zona de conforto, seu sistema energético fica estável e em equilíbrio. A proximidade desequilibra e soma os diversos sistemas presentes formando redes de afinidade cada vez mais complexas e propícias a gerarem novidades, experiências sutis nunca antes percebidas.
Para não inventarem novos nomes, buscou-se na Teosofia o verbete “Egrégora“, aplicado às manifestações energéticas das sessões. Especula-se que estas manifestações físicas de energias seriam o resultado de todas as energias mentais, emocionais e espirituais do grupo de adeptos reunidos com um objetivo comum. Tudo é campo! Percebido, ou não, pelo participante da sessão. A esta interação das energias de campos dos membros do grupo cria-se um ambiente místico propício ao filosofar e especula-se sobre todas as manifestações da Física. Ali o verbete Física significa literalmente as coisas que caracterizam o homem em sua Natureza, do Universo, do Grande Arquiteto do Universo.
No templo trabalham-se energias. Estas estão sujeitas à Lei da Conservação da Energia: toda a energia de um sistema permanece constante enquanto não sofrer a interferência por proximidade de outros campos de energias. A mudança negativa do campo energético em loja é percebida com facilidade quando surge um distúrbio da fraternidade, ocasião em que os intelectos ficam agitados. Diz-se que a Egrégora caiu ou se desfez. Os sistemas energéticos dos indivíduos deixam de se atrair e passam a se repelir. A mística deixa de existir. O ambiente torna-se nocivo ao alfabetismo científico, emocional e espiritual. Deixa-se de trabalhar na Arte Real e passa-se a articular saída aos impasses derivados das desinteligências que derrubaram o ambiente místico próprio aos estudos.
A Arte Real é o trabalho positivo das energias trocadas entre os maçons, daqueles que reservam para si um período de sua vida para especular a Física, a Natureza, o autoconhecimento que produz a liberdade de consciência e de pensamento. Aquele que usualmente não comparece às sessões maçônicas “deixa de ser maçom” porque cessa de alimentar-se dessa fonte energética e continua algemado ao vil sistema humano de coisas: urge quebrar estas algemas.
O estudo em grupo é dito “Real” porque originário da atividade realizada pelos nobres do passado, privilegiados que, em função de sua posição social podiam investir tempo ao filosofar, ao ócio criativo, à crítica, à leitura, ao debate com outros pensadores livres. Daí, na prática da Arte Real, cada maçom reserva toda semana alguns momentos para especular temas da Física, junto com seus irmãos e debaixo de condições ideais de energia, mágica e misticismo. Normalmente são assuntos não tratados na vida profissional, familiar e social porque estas absorvem toda a energia vital do indivíduo, sugando-o até sobrar apenas “bagaço“.
O isolamento da loja a coberto concentra os recursos energéticos necessários à autoeducação e autoconhecimento. Reunir-se com outros maçons é a forma de praticar a Arte Real maçônica, técnica de remexer em todas as filosofias humanas, presentes e passadas, para perlustrar através de todos os conhecimentos por soluções de ordem político-social e tornar feliz a Humanidade. Nessas ocasiões, num local sagrado que mais se assemelha a um parque de diversões, o maçom brinca com seus pensamentos, emoções e espiritualidade e pratica a sagrada arte especulativa dos nobres.
AngelaWilgess, em “Só Somos Consciência Quântica?“, referindo-se à assinatura energética pessoal, algo que já é medido até por aparelhos celulares, aponta para algumas frequências eletromagnéticas pessoais positivas e outras sofríveis como:
Ciclos por Segundo (Hertz) |
Estado
|
20 30 75 100 532 600 700 |
Vergonha Culpa Mágoa Medo Amor, compaixão Paz Iluminação |
Quando se avalia a reunião do maçom com idênticos objetivos e condições energéticas, na presença de harmonia, tolerância e amor são possíveis de se alcançarem níveis energéticos tão altos como o da Iluminação, em torno dos 700 Hertz. Ao menos esse é o objetivo! Cada obreiro colabora com parcela pessoal de oscilações energéticas para que todos se beneficiem das frequências vibratórias positivas presentes na autoconstrução interna.Pode ser assemelhado ao sintonizar de um rádio numa determinada emissora, ou percebido quando, ao término da sessão, o participante sente-se mais leve, estado assemelhado ao banho após exercício físico intenso. É estado emocional contagiante. Porém, não tão simples! Exige participação constante. Trata-se de algo para o que a ciência ainda rasteja em rudimentos para lhe dar estrutura e explicação. Mesmo a Física Quântica está apenas no limiar especulativo de como ocorrem esses fenômenos que o maçom, cuja vibração eletromagnética se aproxima dos 700 Hertz, experimenta em loja.
Cada maçom reunido em loja está conectado em rede, pulsando a uma só frequência ou em frequências harmônicas, aquelas que guardam certa relação oscilatória múltipla ou divisível entre si. Isso já está comprovado cientificamente. O seu desenvolvimento científico já vem desde as primeiras experiências efetuadas por Max Planck, cerca do ano de 1900, que resultou nas atuais postulações da Física e Mecânica Quântica.
É difícil transmitir essas informações através de textos técnicos ou eruditos, pois ao não conhecedor da linguagem científica as declarações eruditas e técnicas mais confundem que esclarecem os fenômenos naturais oscilatórios que acontecem numa reunião maçônica. Os próprios rituais deixam veladas essas constatações, aliás, estes têm exatamente essa pretensão: deixar ao iniciado desvelar lentamente o Conhecimento se estiver realmente interessado e curioso. Para tal não existem modelos matemáticos ou físicos que equacionem as afirmações expressas com lógica filosófica. O maçom tem apenas a especulação constante para evoluir.
Instruções e ritualística dos rituais litúrgicos criam o ambiente disciplinado para essa finalidade, algo que nunca acontece em ambiente informal e descontraído como, por exemplo, restaurante, biblioteca, lar ou praça. O templo de pedra abriga templos de carne e ossos que interagem energeticamente entre si.
O que o maçom Iluminado ou Iniciado percebe, dispensa a presença de físicos, médicos, matemáticos ou neurocientistas. O empirismo deduzido de símbolos é eficiente, ao ponto em que alguém sem formação acadêmica possuir boas chances de alcançar níveis de oscilação eletromagnética próxima aos 700 Hertz, idênticos ao do cidadão portador de nível superior de escolaridade.
Isso porque o símbolo evolui constantemente em resultado do avanço das ciências humanas e tecnológicas e pode ser facilmente entendido e comparado aos temas mais complexos da natureza sem a adesão a dogmas.
Tem mais chances de alcançar altas frequências aquele interessado que consegue esvaziar a mente com mais facilidade quando se aparta momentaneamente de seus problemas mundanos e passa a concentrar-se em sua desconstrução e reconstrução interna: atividade de intensa concentração mental de largo espectro energético. Essa concentração do pensamento, ou egrégora, ocorre no silêncio e nos debates filosóficos de temas apropriados ao desenvolvimento interno.
A dualidade entre estados de calma e agitação mental tem a ver com a emissão de energia eletromagnética emocional de cada pensamento emitido. Têm a finalidade de desequilibrar o sistema de forças do pensamento individual para que este evolua para graus de complexidade cada vez mais em sintonia com a Verdade escondida na Natureza, na Física.
O pensamento necessita apenas de energia para deixar de ser campo e tonar-se matéria ao gerar a ilusão da realidade de cada indivíduo. Cada um cria a sua própria noção de realidade pelo uso da razão.
Dizem os estudiosos que a consciência é um estado da matéria. Intui-se que os campos são o alicerce desse raciocínio dedutivo. Especula-se o funcionamento da Física aplicada a uma sessão maçônica como o desenvolvimento da consciência, elemento do indivíduo que pode ser modificado por condicionamento, relacionamento e treinamento, e que possibilita a descoberta de como se tornar uno com o Universo, com o conceito que o maçom denomina Grande Arquiteto do Universo.
Entender a Física em ação numa sessão maçônica auxilia na busca da felicidade da consciência treinada para paz, amor e liberdade do homem que possui em seu universo interior a assinatura indelével Daquele, ou Daquilo, que ordena o funcionamento dos campos de energia que propiciam a ilusão da realidade física das criaturas.
Bibliografia
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Sinopse do autor: Charles Evaldo Boller, engenheiro eletricista e maçom de nacionalidade brasileira. Nasceu em 4 de dezembro de 1949 em Corupá, Santa Catarina. Com 61 anos de idade.
Loja Apóstolo da Caridade 21 Grande loja do Paraná
Local: Curitiba
Grau do Texto: Aprendiz Maçom
Área de Estudo: Espiritualidade, Filosofia, Maçonaria, Simbologia