A PIOR DAS PROFANAÇÕES

 

 

 

Saudações, estimado Irmão!
A PIOR DAS PROFANAÇÕES
Ano 16  Artigo 14  Número Sequencial 868  03 Abril 2022
Na Maçonaria, temos em mente que profanar é revelar para fora do Templo algo envolvendo trabalhos que deveriam estar a cobertos da exposição ao mundo profano.

Na expressão “profano”, o sufixo “fano”, de origem grega, exprime a ideia de lugar consagrado, templo. O prefixo ”pro”, entre outros significados, exprime um sentido de anterioridade, ou seja, “antes de”, remetendo-nos à ideia de um movimento em “direção a” ou “fora de”:  Profano seria, então, para nós, fora do templo.

Expor nossos trabalhos ao mundo profano trata-se, realmente, de uma profanação. Mas, não por conta dos temas e elementos tratados; e sim pelo não cumprimento dos juramentos solenes e sagrados que fizemos lá dentro.

Este comportamento terrível é passível de exclusão, não em razão de detalhes expostos ou por mecanismos procedimentais, mas por ser explicito o fato de que o perjuro não é um homem de bons costumes, tornando-se indigno de pertencer à nossa família.

Mas, há um outro fluxo de direção da profanação maçônica, que vem do mundo exterior para dentro do templo.

Às vezes ocorre de forma simples, desapercebida e inocente. Vou dar exemplos esperando não ser mal interpretado.

Preces cristãs, mantras, invocações a divindades tem seu valor, mas são atividades religiosas; e nossos Templos não são para adoração ou súplicas. Os momentos de introspecção servem para equalizar nossas vibrações e contribuir para a harmonização do ambiente.

As músicas que compõem o ambiente merecem nossa atenção. O Mestre de HARMONIA deve colocar melodias que preencham o espaço do Templo e não nos remetam a lembranças de atividades fora dele.

Vivemos o mundo do incessante bombardeio da ideia de que tudo é igual e deve ser tratado sob os influxos de comportamentos e pressupostos da sociedade profana e do politicamente correto.

Vejamos; O Artigo 5º da Constituição Brasileira prescreve que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”.

ESTAMOS TOTALMENTE DENTRO DA LEI?
A provocação é para os Irmãos observarem que, tanto na defesa quanto no ataque ao questionamento, haverá mais embasamentos em leis profanas do que em valores maçônicos. Esta é a pior das profanações! Quando permitimos que a nossa formação, em qual área for, seja superior ao que ensinam as instruções maçônicas, isto também é profanação do Templo.
A MAÇONARIA TEM LEIS E NADA SE FAZ QUE NÃO TENHA UM PROPOSITO MAIOR.
A VIDA DENTRO DO TEMPLO É ATEMPORAL E BASEADA UNICAMENTE EM VALORES MORAIS E ÉTICOS, CUJA MISSÃO É NOS IGUALARMOS NA CONDIÇÃO DE OBREIROS.

NOSSOS REGRAMENTOS NÃO SÃO APENAS LEGAIS. ELES ESTÃO PARA ALÉM DA LEI. ELES SÃO MORAIS.

O QUE VIVENCIAMOS EM NOSSOS LABORES MAÇÔNICOS SÃO EXERCÍCIOS DE FRATERNIDADE, TOLERÂNCIA, RESPEITO, DISCIPLINA E HIERARQUIA, PARA
 SEREM USADOS EM NOSSOS LABORES PROFANOS.

QUANDO TENTAMOS EXERCER PRERROGATIVAS PROFANAS DENTRO DO TEMPLO, FICA EXPLÍCITO QUE NÃO VENCEMOS NOSSAS PAIXÕES NEM SUBJUGAMOS NOSSA VONTADE.

NOSSO MAIOR TÍTULO DEVE SER: SOMOS APENAS IRMÃOS.

Seguimos neste ­16o ano de compartilhamento de instruções maçônicas, porque acreditamos fielmente que um mundo melhor se constrói pela qualificação do artífice. Precisamos nos reanimar permanentemente para o bom uso do malho e do cinzel.
Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!
Fraternalmente
Sérgio Quirino
Grão-Mestre – GLMMG 2021/2024
Sérgio Quirino
MI  33  MMM  KTP Shriner GM
Contato: 0 xx 31 99959-5651 / quirino@roosevelt.org.br
Facebook: (exclusivamente assuntos maçônicos) Sergio Quirino Guimaraes Guimaraes
Os artigos publicados refletem a opinião do autor exclusivamente como um Irmão Maçom.
Os conteúdos expostos não reproduzem necessariamente a ideia ou posição de nenhum grupo, cargo ou entidade maçônica.
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