As Três Colunas da Maçonaria

 6 de novembro de 2018

A coluna é o princípio de sustentação de qualquer edifício ou construção, já que sobre as colunas as grandes obras são construídas ou sustentadas. Na maçonaria não é diferente, as três colunas que tem em sua representatividade o Venerável Mestre, o Primeiro Vigilante e o Segundo Vigilante. Porém deve ser entendida de uma forma mais ampla. “O entendimento de coluna, concreta, para a Maçonaria, é o de uma viga cilíndrica vertical oca que sustenta, simbolicamente o templo” (D,ELIAS, pg 36)

A coluna Jônica que representa a sabedoria e está sobre o altar em todos os trabalhos, ou seja, ela nunca fica deitada, já que a sabedoria é uma das maiores dádivas do Grande Arquiteto do Universo. Isso também representa a responsabilidade do Venerável Mestre de conduzir os trabalhos, estimular e orientar os obreiros dentro e fora da loja.

Os Jônios fundaram Atenas na Grécia Antiga. Atenas ficou famosa graças a sua contribuição na arte, na política e na filosofia. Tendo grandes pensadores como Sócrates, Platão, Aristóteles. A influência destes pensadores se encontra enraizados até nos dias atuais em todo o mundo ocidental, já que a civilização Pós Moderna tem como princípio filosófico, jurídico e moral o greco-romano. Nesta análise o nome da coluna do Venerável Mestre é bem representada pelo seu nome e seu significado de luz já que o Venerável Mestre representa a luz do conhecimento que ilumina todos os obreiros da loja e seus visitantes.

A luz como fonte de sabedoria é utilizada por várias culturas entre elas a Hindu que representa a sabedoria de Bhrama pela luz do conhecimento que é dado a cada homem no dia do seu nascimento de acordo com sua casta (lembrando que a casta é símbolo de divisão na cultura da Índia). No Budismo Tibetano a luz de Buda seve de guia no mundo mortal até a “ILUMINAÇÃO” (Iluminação é entendido pelos teólogos como desprendimento total do mundo físico. Seria a santidade dos cristão).

A representação das colunas pode ser entendida como ponto de equilíbrio intelectual dentro da loja, já que os trabalhos dos ombreiros são apresentados entre colunas. Esta exposição entre a trindade da sabedoria, da força e da beleza mostra o que ensina Platão em sua obra a Republica: “Todo governante sábio busca na força seu equilíbrio, na beleza sua expiração e na sabedoria seu conforto”.

A coluna do Primeiro Vigilante que sempre está levantada nas reuniões de aprendiz maçom que representa a força, ou a coluna Dórica. É interessante intender que a força que molda a pedra bruta. O Aprendiz maçom está sendo lapidado ou moldado através das extrusões e da elevação moral que é passada pela luz do venerável Mestre, velos bons fluidos dos obreiros e pela força do Primeiro Vigilante já que sua coluna representa a forma interna que tem cada homem.

Os Dórios são fundadores de Esparta cidade Estado grega que ficou famosa pela formação militar. Os espartanos aos sete anos eram retirados de sua família e iniciava o treinamento para serem homens “forte” e guerreiros abeis, o estudo da arte da guerra era empregado na formação dos soldados de Esparta, ou seja, apesar de muitos defenderem que o estudo não é importante na formação dos exércitos espartanos. E que Esparta não dava importância para a formação intelectual, estudos mostram que não era bem assim. Um exemplo é que Esparta era governado por dois reis que tinha o poder militar e  religioso, mas o poder político era  dos Éoros , homens de prestigio moral e intelectual que se diziam os únicos descendente direto dos Dórios, que eram compostos de cinco membros que eram eleitos anualmente, governavam a cidade, controlavam o poder dos reis.

A coluna Doria pode ser representada também pelo deus romano Marte (deus da guerra). O mês de março tem este nome em homenagem a este deus, já que as civilizações antigas davam muito valor a força. Uma outra análise da coluna do Primeiro Vigilante é que ela orienta diretamente os aprendizes já que o lugar de acento na coluna do sul o sol não atinge com seu esplendor e depende da luz do Venerável Mestre e do Primeiro Vigilante para o entendimento dos trabalhos. Lembrando ainda que a esperança é a forma motora que estimula os aprendizes em sua formação dentro dos trabalhos maçons.

A deusa grega Afrodite é a representação da coluna do Norte, visto que na Grécia Antiga, Afrodite representa a beleza. Nas Lojas Maçônicas a coluna do Segundo Vigilante tem o nome de Coríntia e sempre está deitada nos trabalho de aprendiz maçon. É claro que está representação está ligada diretamente a formação. Como o aprendiz se encontra em estado de pedra bruta e está no processo de lapidação a beleza está ainda ausente, ou melhor ainda vai ser conquistado através da busca do conhecimento e de uma lapidação moral de seus vícios como nos ensino os rituais (Nas loja se constrói tempos de virtude e cava masmorras aos vícios). “De modo mais explícito do que outras tradições religiosas, Judaísmo e Cristianismo afirmavam a plena realidade, magnificência, beleza e sabedoria de Deus na sua criação”. (TARNAS, Pg 159)

São Tomás de Aquino nos ensina que a beleza é o caminho divino, já que toda a obra divina é bela. Esta beleza vai além da compreensão humana já que somos limitados pela nossa temporalidade. Como Deus é perfeito e eterno, ele é belo por seu princípio e fim. Pensando assim, o homem que busca a beleza, busca na verdade o seu Deus interior que é a SABEDORIA, a FORÇA e a BELEZA, ou seja, os alicerces da maçonaria.

Fonte: http://www.irmaosdaordem.com.br/as-tres-colunas-da-maconaria/

 

 

 

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