em 29 de outubro de 2019
sobre o rito.
Pelo APRENDIZ DE MAÇOM – (na foto tirada pelo Irm Haroldo Camy)
Irm Henrique Bolívar Luiz Prezotto, iniciado na ARLS Justiça Adonhiramita, nº 117.
Oriente de Cascavel, em 06/10/2018
Primeiramente o que temos que ter em mente é que origem e data de formalização são coisas distintas. Da mesma forma que a Maçonaria Especulativa como um todo, as origens do Rito.
Adonhiramita se perdem no tempo, até porque sua construção é resultado de um processo e não de uma criação premeditada. Dessa forma não é possível estabelecer uma data de nascimento para o rito.
Segundo Oscar Argollo na obra “O Segredo da Maçonaria” a primeira referência oficial da prática do Rito Adonhiramita se dá ainda no período considerado Operativo, no ano de 1616, constando na época que eram adotados sete Graus. Este autor cita que em 1248 a Catedral de Colônia, foi construída por Maçons Operativos que utilizavam em sua Loja o Ritual do Egito (Mizraim em hebraico), e que este Catecismo é considerado o Rito Adonhiramita Primitivo.
A data considerada como início formal do Rito Adonhiramita é o ano de 1744, quando ocorreu a publicação da 1a edição da obra intitulada “Catecismo dos Franco Maçons”, na qual alude o questionamento do Arquiteto do Templo de Salomão
se chamar Adonhiram e não Hiram Abiff, dúvida que existe praticamente desde a publicação da Constituição de Anderson em 1723, pois nesta época não existia a Lenda do Terceiro Grau. Albert Pike,
um dos mais renomados autores Maçônicos em sua obra “Moral e Dogma” argumenta que o verbete Abiff é um título (assim como Adon que significa “senhor”), uma corruptela da expressão Abi, ou Aba, que quer dizer “pai” (era assim que Jesus se referia a Deus).
Na França a Franco-Maçonaria obediencial, ou seja, regulamentada por um sistema institucionalizado, foi implantada por volta de 1725, através de imigrantes ingleses exilados por razões políticas ou religiosas. Em Paris é notável o número deles e sua origem, em geral, é Londres. Junto com suas bagagens trazem os costumes e procedimentos maçônicos utilizados na capital inglesa daquela época, da primeira Grande Loja de 1717.
O que podemos afirmar com certeza é que o Rito Adonhiramita como o conhecemos atualmente, pelo menos no que diz respeito aos Graus Simbólicos, surgiu na França como a maioria dos ritos, incluindo o Rito Escocês Antigo e Aceito, porque a França, na época iluminista, oferecia um território neutro e mais favorável à discussão filosófica. As próprias Doutrinas, tanto do Rito Adonhiramita quanto do Rito Escocês Antigo e Aceito foram publicadas em solo norte-americano, território mais neutro ainda.
É natural que Lojas trabalhando com ritualísticas diferentes dessem origem a “escolas”
diferentes, com graus e etapas particulares. Assim temos o Rito ou Ordem de Heredom (Kilwinning) que surgido em 1758 que posteriormente originou o Rito da Perfeição, ou Escocês, com 25 Graus (representando as 5 Energias Solares multiplicadas pelos 5 Pontos da Perfeição), e que mais tarde, em 1801, seria acrescido de outros 8 Graus, resultando no atual Rito Escocês Antigo e Aceito com 33 Graus.
O Rito Francês ou Moderno com 7 Graus (representando os 7 chakras principais), e o Rito Adonhiramita com 12 Graus (relacionado ao ciclo zodiacal) mas, mais adiante, o Adonhiramita assimilou os 33 Graus do Rito Escocês Antigo e Aceito.
O Rito Adonhiramita que desde o final do século 18 deixou de ser praticado na França, quando foi substituído pelo rito moderno, passou a ser trabalhado apenas no Brasil, em 2010 começa a fazer o caminho inverso de retorno à Europa, instalando uma Oficina Chefe em Portugal. Atualmente no Brasil é praticado em algumas potências independentes e Grandes Lojas.
Peculiaridades do Rito Adonhiramita
Algumas das principais peculiaridades do Rito Adonhiramita que o identificam e o diferenciam dos demais Ritos são: A sua profunda espiritualidade; O tratamento de “Am? Ir?”; O uso do
nome histórico; Adonhiram como personagem central; O Cerimonial do Fogo; O uso de velas e não de lâmpadas; O pé direito à frente na marcha do Grau; As doze badaladas; O revigoramento e o adormecimento da Chama Sagrada; O uso das luvas brancas; O uso da gravata branca; A posição dos AAm? lIr? VVig?; A posição das CCol? J e B; A abertura do L? da L? no evangelho de João; A formação do Pálio; A Cerimônia de Incensação; A proteção mística do Am? Ir? Cobr? Int?; O uso do sinal do G? na circunavegação; A circunavegação em forma do símbolo do infinito; O uso do chapéu em todas as sessões pelos MMestr?; O uso da espada pelos MMestr? a palavra de Aclamação, além de muitas outras particularidades que fazem o Rito Adonhiramita singular, místico e esotérico.
Fundamentos e tradições do Rito Adonhiramita.
O rito tem profunda espiritualidade e têm por base teológica os mistérios egípcios, a volta dos judeus do cativeiro e as verdades bíblicas reveladas no Antigo e Novo Testamento, particularmente, no que concerne à construção do Templo de Salomão e às origens do Cristianismo, com atenção especial voltada para os aspectos proféticos e apocalípticos de ambos os documentos sagrados.
Podemos constatar esta profunda espiritualidade ainda no Átrio, quando da entrada ao templo, no momento em que o Am? Ir? M? de CCer? diz: “… Silêncio meus AAm? llr?! Eu vos peço um momento de reflexão, a fim de ingressarmos no Templ? . Neste momento observa-se uma viagem interior, o V.I.T.R.I.O.L. cuja tradução é: “Visita o interior da Terra e, retificando-se, encontrarás a Pedra Oculta”. É uma viagem solitária e profunda, um resgate dos mais puros valores inerentes ao ser, à busca do universo interior, a busca do “conhece-te a ti mesmo”. Uma viagem para a qual, as condições sociais profanas, a cor, a raça, os credos religiosos e políticos, assim como os metais que distinguem o rico do pobre, tornam-se fardos desnecessários e incômodos.
Forma-se então, a Egrégora, uma reflexão agora coletiva elevada ao Supremo Criador dos Mundos, desejando a paz entre os homens, que todos possam se transformar em homens de boa vontade, que os desesperados encontrem a esperança e os tiranos possam encontrar o caminho da justiça.
O tratamento de “Am? Ir? ” e o uso do nome histórico. no Rito Adonhiramita “Am? Ir? ” era o tratamento usado entre os adeptos das comunidades religiosas mais antigas, para significar o apreço, o respeito e a confiança mútua entre esses adeptos. Era o tratamento escolhido pelos primitivos cristãos, até para se identificarem entre si; tratamento este que ainda hoje é empregado pelos pregadores cristãos, ao se dirigirem ao público dentro das Igrejas e Templos. Tratamento este que deverá ser conquistado pelos méritos maçônicos de cada Ir? . Sejam quais forem as relações que um maçom tiver com o outro é proibido usar de outra denominação que não seja a de Am? Ir? isto basta para o elogio na Maçonaria, porque este nome sagrado, encerra em si, todos os sentimentos bons de que o coração humano é capaz de vivenciar. O Nom? Hist? é de todo útil, no momento da iniciação e durante toda a vida maçônica, receber a guarda, a proteção e o exemplo de espíritos luminosos que, ricos
de virtudes nesta vida, sobretudo como maçons, se comportam, de certo modo, como Anjos-da-guarda, mensageiros fiéis do G? A? D? U? Por isso, no Rito Adonhiramita, a cada Ir? quando de sua iniciação, é atribuído o nome de um personagem virtuoso em prol da Humanidade, da Pátria, da Sociedade, etc., Maçom ou não, e que já tenha partido para o Oriente Eterno, para ser seu Patrono, absorvendo-lhe o nome a que denominamos “Nome Histórico”.
Com esse Nome Histórico, o Ir? é batizado em momento próprio da Iniciação com os seguintes
dizeres: “E para que de profano nem o vosso nome vos reste, eu vos batizo com o Nome Histórico de….” A prática tem grande valia para o sigilo e a preservação da identidade civil, ao mesmo tempo em que constitui um símbolo de profunda significação. Se a Maçonaria tem por objetivo transformar o homem profano no homem iniciado, o gesto de lhe dar um novo nome por ocasião da iniciação está a indicar que ele, dali em diante, deve se transformar num novo ser.
A denominação Adonhiramita
De acordo com a Bíblia, HIRAM era o arquiteto que se encarregara dos projetos da construção do Templo de Salomão, filho da viúva de NEFTALI. A seu lado havia outro HIRAM, enviado pelo rei de Tiro, que fornecera a Salomão grande parte dos materiais utilizados na obra. Já ADONHIRAM, filho de Abda, era o funcionário encarregado dos tributos na corte de SALOMÃO, por este estar incumbido do recrutamento dos operários quando da construção do Templo. Como tal, vem designado no 1o Livro dos Reis, Cap. IV com o título de “preposto às corvéias”.
ADONHIRAM era a pessoa que recrutava os operários, selecionava-os, dividia-os segundo suas capacidades ou necessidades da obra e, por certo, também lhes pagava o salário, até porque era o tesoureiro de SALOMÃO. Sendo assim, este é para os ADONHIRAMITAS o personagem central da Construção do Templo de Salomão.
O Cerimonial do Fogo
Dos quatro elementos tradicionais: terra, água, ar e fogo, o fogo é tido como princípio ativo ou dinâmico, transformador, germe da geração, é o mais puro, animador e fonte energética. Simboliza a força impulsionadora do universo, além de movimento e energia. Seu movimento é para o alto, ascendente, e seu poder é de criação por transformação. O Cerimonial do Fogo alude a uma invocação ao Senhor de Todas as Luzes, ao G? A? D? U? cujos atributos infinitos estão novamente sintetizados nas três palavras pronunciadas, por cada uma das Luzes da Loja. Ven? Mestr? – Sabedoria; 1° Vig? – Força; e o 2° Vig? – Beleza.
A razão de utilizar velas e não lâmpadas
As velas usadas são sempre de cera pura de abelhas, como manda a tradição, pois emitem uma chama pura e sem fuligem. O fogo sempre acompanhou a humanidade desde os mais primitivos ancestrais, e nesta sua marcha através da história foi assumindo sempre mais o aspecto de ligação entre o homem e os espíritos, entre o homem e o G? A? D? U? O fogo, desde que o homem começou a percebê-lo conscientemente como um dos elementos da natureza, foi sempre olhado como um elemento mágico e de origem divina, motivo pelo qual os adonhiramitas o mantém em sua ritualística.
Doze badaladas
Antigamente, na Maçonaria, o sino era de uso comum nas Cerimônias das Lojas Simbólicas, a fim de anunciar a hora dos trabalhos. O Rito Adonhiramita, procurou coexistir com o seu uso, não perdendo a tradição dos antigos, assim como a tradição religiosa e os costumes iniciáticos dos mistérios. Em muitas civilizações antigas, o sino era utilizado no sentido de conclamar todos os seres humanos, e, também, os sobrenaturais, além de evocar as Divindades, se tornando daí, o símbolo do chamamento ao G? A? D? U?! Assim, juntamente com a Cerimônia de Incensação
o Cerimonial do Fogo e as Doze Badaladas harmonizam as vibrações místicas e esotéricas da egrégora formada em sintonia com a Luz Maior emanada pelo Supremo Criador dos Mundos.
O revigoramento e o adormecimento da Chama Sagrada O revigoramento e o adormecimento da Chama Sagrada simbolizam a ligação do antigo com o novo, a continuidade e a ligação com o G? A? D? U? em consciência compartilhada e identidade comum. Desde os antigos tempos a cultura da Chama Sagrada era tida como primordial e essencial para a busca e manutenção da harmonia e da paz, tanto para os lares, quanto, até mesmo, para as cidades da antiguidade.
O uso das luvas brancas
As luvas brancas representam a candura que reina na alma do homem de bem e a pureza de seus atos, de coração e intenções. Motivo pelo qual o Am? Ir? M? de CCer? antes da entrada ao Temp? , exclama: “… Meus AAm? llr? se desde a meia-noite, quando se encerraram nossos últimos trabalhos conservastes vossas mãos limpas, calçai as vossas luvas…”. O calçar das luvas é para que as mãos de todos os obreiros fiquem iguais. Tornam as mãos calejadas do operário, tão macias quanto às mãos do intelectual, do médico, do engenheiro etc, assim como se igualam pelo uso uniforme das outras peças do vestuário. As luvas simbolizam a pureza que deve estar presente em todos os atos de um maçom. Pela mão direita se dá pela esquerda se recebe. Dá-se com pureza e recebe-se com pureza.
A gravata branca.
A gravata branca, por sua cor, está associada à paz e guarda a sua origem na aristocracia francesa.Na prática, a gravata é uma peça da indumentária e de criação recente, inspirada nos cordéis utilizados para o fechamento das camisas antes da invenção dos botões, que terminava em um laço à altura do pescoço. Logo, a gravata é um complemento da camisa, e assim, parte integrante da mesma. Sendo a camisa branca, consideramos que a gravata também deve ser branca para se manter em harmonia interior.
Onde se colocam os VVig? e porque desta posição?
No Oc? para melhor observarem a passagem do Sol pelo meridiano. O Sol vem do Oriente, e, portanto, para observá-lo, os VVig? devem, ambos, estarem postados numa mesma linha, de frente para o Oriente, o que só pode ocorrer se eles estiverem sobre o mesmo meridiano. Por isso, os dois VVig? no Rito Adonhiramita se posicionam ao Ocidente, numa mesma linha, perpendicular à linha do Equador Or? – Oc? no mesmo meridiano.
Porque no Rito Adonhiramita, as CCol? J e B ficam em posições invertidas em comparação com outros Ritos?
Os estudiosos do Rito afirmam que a posição das CCol? J e B, e dos próprios VVig? se deu quando das primeiras “revelações dos segredos da maçonaria”, ou seja, em 1730, quando foi publicado na Inglaterra, o livro Maçonaria Dissecada, de autoria de Samuel Pritchard.Esta obra em questão foi o fruto da traição perpetrada pelo autor que a 13 de outubro de 1730, prestou depoimento juramentado perante um magistrado, no qual relatava detalhes de sua iniciação na Maçonaria, inclusive ao Grau de Mestre. O livro continha todos os sinais, toques e palavras utilizados à época, bem como citava HIRAM, as marchas e todo o acervo sigiloso. Esta traição obrigou a Ordem a processar algumas mudanças necessárias a confundir os curiosos profanos “bem informados”, que se utilizando de tais informações demandavam a invadir as Lojas como se fossem verdadeiramente iniciados. Alguns autores vêem nestas mudanças a origens das diferenças existentes entre o Rito Adonhiramita em relação aos demais Ritos no que se referem à posição das colunas, os respectivos vigilantes e todos os detalhes oriundos de suas posições.
O Rito Adonhiramita permaneceu fiel motivo pelo qual, em comparação com alguns ritos, se constata que as CCol? e algumas funções estão invertidas. Todavia, mesmo havendo, comparativamente, a inversão das CCol? os AAm? Ilr. ?. AApr? continuam na Col? da Beleza, ou seja, na Col? do 2° Vig?
A abertura do L? da L? no Evangelho de João
O Evangelho de João é o mais profundo dos quatro Evangelhos, cuja terminologia significa “Boa Nova”, e é o mais místico, o que mais causou polemica devido a sua linguagem e filosofia. Todas as correntes ortodoxas do cristianismo primitivo, destacando os antigos Gnósticos, se apoiavam nos escritos de João. A espiritualidade é tema fundamental para o Rito Adonhiramita, assim como a tradição, e por esta, registra-se que primitivamente todas as Lojas de origem Francesa abriam o L? da L? no Evangelho de João.”Houve um homem enviado por Deus que se chamava João.” Este João, é o Batista, ou seja, aquele que batizava, que iniciava aos antigos mistérios. Lembrando ainda, que no momento da abertura do L? da L? a leitura do texto sagrado e a colocação do esq? e o comp? na posição do grau, o Am? Ir? Orad? está protegido pelo Pálio.
O Pálio
No Rito Adonhiramita, o Pálio, é formado, tal qual uma pirâmide, pelo Am? Ir? M? de CCer? juntamente com um M? da Col? do S? e outro M? da Col? do N? . Estes formarão postando suas espadas como extensão de seus braços direitos estendidos em ângulo de 52°, tocando-se e cruzando-se no alto sobre o altar dos juramentos e o Am? Ir? Orad? . Estando na abertura, a espada do Am? Ir? M? de CCer? por baixo das demais, dando sustentação, e no encerramento, por cima das demais, sobrepondo-as.
As espadas, como condutoras de energias em forma de pirâmide, voltadas para cima, estão absorvendo as energias do alto, protegendo a abertura do L? da L? pelo ocidente, pelo sul e pelo norte, deixando livre apenas o lado do oriente, do qual se emanará a Luz e a onipresença do G ? A? D? U?
A Cerimônia da Incensação
A Incensação tem origem nos mais remotos costumes religiosos da civilização humana. Esta cerimônia representa uma espécie de profilaxia ambiental, a Incensação deixa o ambiente físico do Templo impregnado do agradável odor da essência utilizada, tais como Benjoim, Mirra e Incenso entre outras. A Incensação tem como valor simbólico a associação do homem à divindade, do finito ao infinito e do mortal ao imortal. Ao espargir a fumaça se está purificando o ambiente tanto no sentido físico por tratar-se de substância com propriedades anti-sépticas, como espiritual, pois o incenso tem a incumbência de elevar a prece para o céu. A Incensação gera uma atmosfera de aroma agradável e magnetiza com fluidos benéficos os obreiros e o ambiente, contribuindo para a formação da egrégora e propiciando à reflexão.
No ato da Incensação são invocadas as três palavras que sintetizam atributos do G? A? D? U?
SABEDORIA, FORÇA e BELEZA. Por esses motivos, é que, ao nos incensarmos, nos limpamos nos purificamos a nós e ao ambiente, favorecendo a permanência da egrégora. Também, se torna necessário lembrar que durante a cerimônia da Incensação, depois que o Ir? M? de CCer? efetua a Incensação do templo e de todos os irmãos ele troca de lugar e função com o irmão cobridor e este, com a porta entre aberta, sem sair do templo, incensa o átrio.
Esta tarefa de incensar o átrio somente pode ser executada pelo Am? Ir? Cobr? porque ele é o
único que está protegido e capacitado mística e esotericamente para se expor às energias que circulam fora do templo. Tanto é que o próprio ritual aconselha que este cargo seja ocupado pelo ex-Ven? Mestr? mais recente, pois este, dentre todos, é quem possui os atributos místicos e esotéricos para suportar tais energias e impedir que as mesmas adentrem o interior do templo. Por este motivo também, é que o Am? Ir? Cobr? ocupa o seu lugar sobre a linha simbólica do equador, de frente para o Ven? Mestr? invertendo a polaridade das energias, ou seja, atraindo para si, todas as energias negativas que excedamo suportável pela Egrégora da Loja, como se fosse um para-raios.
A própria troca de funções do Am? Ir? Cobr? com o Am? Ir? Mest? de CCer? através do giro, é um ato personalíssimo do Rito Adonhiramita, pois ambos se interligam formando um X (xis) com as mãos, ou seja, mão direita com mão direita e mão esquerda com mão esquerda, doando e recebendo, ao mesmo tempo em que, girando, as energias e atributos são permutados qualificando um e outro para sequência cerimonial. Destrocando logo em seguida, na mesma forma.
A circunavegação.
Realizamos a circunavegação com o Sin? do Gr? uma vez que não seria possível ao caminhar com o sinal de ordem, pois necessita estar também com os pp? em esq? . Assim procede-se e desde que o Obr? não esteja conduzindo material litúrgico, quando então fica dispensado do Sin? do Gr? . A circunavegação, é realizada em forma do símbolo matemático do infinito visto que este símbolo representa, esotericamente, a estrada do tempo e da continuidade da vida, pois todo começo contém em si o fim, e todo fim contém em si o começo. É o caminho do constante renascimento. E o Rito Adonhiramita, por sua profunda espiritualidade, filosofia mística e esotérica, concede ao seu adepto a possibilidade de caminhar nesta senda na busca do conhecimento, da evolução e aprimoramento espiritual.
MMestr? usam chapéu em todos os Graus do Simbolismo
O uso do Chapéu na Maçonaria é bem antigo; estes, conforme nos narra a história, surgiram para substituir as antigas carapuças usadas na Idade Média. Os Chapéus foram primeiro usados pelos sumérios e os egípcios na Antiguidade e posteriormente pelos gregos que usavam um chapéu de palha de fundo pontudo que era denominado de “THOLIA”, e só se tem conhecimento do seu uso na Europa após o século XVII.
Na Maçonaria, o Chapéu passou a ser usado a partir do século XVIII como símbolo hierárquico e esotérico. A maçonaria ocidental é também chamada de maçonaria salomônica, devido ao fato da influência judaica ser indiscutível em sua base filosófica. Trazendo da influência cabalística, o uso do chapéu como forma de cobertura da primeira Sephirah da Árvore da Vida, como faz o povo semítico nas cerimônias de culto ao Deus Único.
O chapéu assume assim dois significados. O primeiro, de origem cavalheiresca, advém da
tradição que remonta ao início do século XVIII da qual somente os pertencentes da aristocracia tinham o direito de usar chapéus, sendo a princípio tolerado como uma regalia. O segundo, de caráter esotérico, simboliza que apesar da eterna busca da verdade, a inteligência humana reconhece seus limites ante o grande mistério da criação, motivo pelo qual devemos nos descobrir quando seja feita menção ao G? A? D? U?
MMestr? usam espada em todos os Graus do Simbolismo
O uso da espada é símbolo de autoridade de uma casta distinta e considerada nobre em todas as sociedades antigas, os guerreiros. Quando o Rito de Heredon, fonte de origem do Rito Adonhiramita, Escocês Antigo e Aceito e o Moderno, foi introduzido na França, era praticado quase que exclusivamente por membros da aristocracia, pessoas que possuíam o direito do uso da espada, símbolo naquela época, de condição social elevada. Dos Ritos que tiveram origem no Rito de Heredon, somente o Adonhiramita permaneceu fiel à tradição dos MMestr? usarem a espada e o chapéu em todos os graus do simbolismo.
Muito embora o uso das espadas tenha se originado na aristocracia francesa, não é por este
motivo que o Rito Adonhiramita a mantém em suas cerimônias. Tão pouco tem ligação a ser guerreiro ou militar. Seu uso no Rito Adonhiramita se dá exclusivamente ao misticismo e esoterismo relacionados aos efeitos geomagnéticos, uma vez que todo o desempenho do Rito Adonhiramita, interfere diretamente em correntes energéticas. Devido a isto, é que o Am? Ir? Cobridor neste exato momento, assim como durante todo o tempo em que permanece sentado, estará com a sua espada voltada com a lâmina para baixo em contato com o solo, descarregando as energias que absorve na função de para-raios, conforme já mencionado anteriormente.
A palavra de Aclamação
A palavra de Aclamação Vivat (pronuncia-se Vivá) é a antiga saudação utilizada ainda no inicio do Século XVIII. No Rito Francês ou Moderno, após a Revolução Liberal de 1789, ela foi substituída pela aclamação Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Vivat tem o mesmo significado da saudação escocesa que se pronuncia Huzzé, Huzzé, Huzzé, cuja tradução do hebraico é Vivá, Vivá, Vivá, que em latim corresponde ao Vivat, Vivat, Vivat. Vivat deriva do verbo Latino ‘Vivere’ significando “VIDA” e expressa o profundo querer por tudo o que existe.
Os três Vivat, correspondem a estes três pedidos: “Que Ele viva. Que todas as pessoas vivam, que toda a criação viva”. Podemos lembrar-nos de outras peculiaridades do Rito Adonhiramita, como o estalar dos dedos na aclamação, a subida um a um dos degraus na circunavegação, a ausência das CCol? Zodiacais, a entrada em Procissão, a forma de executar a bateria do grau (duas por uma), além da cena da traição e da câmara ardente na Sessão Magna de Iniciação.
Fontes:
<https://www.scriptaetveritas.com.br/a-origem-e-evolucao-do-rito-adonhiramita> Site da ARLS Scripta et Veritas – GOB – RJ
<http://www.diarioadonhiramita.com.br/2016/o-que-e-rito-adonhiramita><https://ritoserituais.com.br/2017/10/16/o-rito-adonhiramita-historia-e-idiossincrasias/><http://www.adonhiramita.org/rito.htm> “O rito adonhiramita: História e Idiossincrasias.