MULHER NA MAÇONARIA.

Irm Sérgio Quirino Guimarães

Saudações estimado Irmão,
a intenção é realmente gerar intercâmbios com o polêmico tema
MULHER NA MAÇONARIA.

Por favor, não percam tempo em enumerar as qualidades da fêmea da espécie humana e quão salutar seria ter na Coluna do Norte uma mulher com a Força de uma Joana D’Arc (que morreu queimada como Jacques DeMolay) ou como embelezaria a Coluna do Sul uma mulher com as virtudes de Zilda Arns (fundadora da Pastoral da Criança) ou ainda imaginarem no Oriente de uma Loja a sapiência de uma Madre Tereza de Calcutá.

Peço ainda que não venham com discursos sobre a igualdade dos sexos, pois na maioria das vezes estão embasados em fundamentos notoriamente conhecidos e conceitos pueris Sabemos que a Constituição Federal Brasileira de 1988 em que trata dos Direitos e Garantias Fundamentais, estabelece no caput do artigo 5º:
“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.

Este artigo da CF é tão significativo que possui 78 incisos e 4 parágrafos, sendo o inciso I o estabelecedor da igualdade entre os sexos; “Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta lei”.

Pode parecer incrível, mas qualquer mulher pode pedir admissão à uma Loja Maçônica. Com certeza alguém pensou que o Irmão Quirino endoidou! Não, ainda não endoidei! Jamais devemos esquecer que todo Maçom é SUBMISSO às Leis do País e a Constituição Federal Brasileira está acima de quaisquer outras Constituições, Regulamentos e Manuais de Normas e Procedimentos.

Lógico que há um trâmite intransponível para elas, primeiro que ela precisaria ser indicada por algum Maçom Regular e Ativo da Oficina e com certeza ela não teria apenas esferas brancas na votação. E não estou invocando o 18º Landmark (Por este Landmark os candidatos à iniciação devem ser isentos de defeitos ou mutilações, livres de nascimento e maiores. Uma mulher, um aleijado, ou um escravo, não podem ingressar na Fraternidade).

O que difere o Ser Humano Macho do Ser Humano Fêmea é muito mais que caracteres genéticos e se genitália fosse importante na Maçonaria o instrumento de escolha do Grão-Mestre não seria o voto, seria sim uma RÉGUA! O Ser Humano Fêmea não entra para a Fraternidade Maçônica na forma como a praticamos, não por conta de Ritos, nem de preconceitos; a impossibilidade da iniciação não está na “mulher candidata”, mas nos “homens iniciados” que não podem ser PERJUROS.

Ninguém foi coagido a jurar respeitar e cumprir nossos “limites”, ninguém quer ficar em perpétuo esquecimento ou sacrílego para com o GADU. O perjúrio, que é o juramento falso ou a quebra de juramento é o único erro que não há como perdoar.

Que Maçom não tem uma Grande Mulher em sua vida? Seja a Mãe, uma Irmã, uma filha ou como no meu caso: a Esposa. E com elas gostaríamos de compartilhar nossos “Augustos Mistérios”, mas se quebrarmos os nossos juramentos, elas ficarão na dúvida se realmente a Maçonaria é uma associação de Homens Virtuosos.

Ao terminar devo esclarecer que nossos Irmãos de outros Orientes, cujas Potências aceitam mulheres em seus Quadros, não são perjuros! Eles adotaram outros “limites”, outros “marcos”, outros Landmarks diferentes daqueles selecionados por Albert Mackey, sobre o qual juramos seguir.

 

 

SÉRGIO QUIRINO GUIMARÃES
Grande Primeiro Vigilante – GLMMG – Grande Loja Maçônica de Minas Gerais
Contato: 0 xx 31 99959-5651 / quirino@roosevelt.org.br
Facebook: (exclusivamente assuntos maçônicos)

Os artigos publicados refletem a opinião do autor exclusivamente como um Irmão Maçom. Os conteúdos expostos não reproduzem necessariamente, a ideia ou posição de nenhum grupo, cargo ou entidade maçônica.

 

Data: 13 de Junho de 2010
Número 24, ano 04 Número sequencial: 253
Tema: Mulher na Maçonaria

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