PARA QUE, CREMOS EM UM PRINCÍPIO CRIADOR?

Sergio Quirino

Saudações, estimado Irmão!

Quando entramos em contato com símbolos, alegorias e instruções, cabe sempre uma reflexão e um aprofundamento, que podem ser usados apenas para o mero conhecimento, como podem se tornar essenciais para um próximo passo.

O 19º Landmark, adotado pela maioria das Potências Maçônicas, doutrina que a negação da crença no G.A.D.U. é impedimento absoluto e insuperável para a iniciação.

Ressaltamos que G.A.D.U. é um Princípio Criador.

Pode parecer contraditório, mas, esta afirmativa nos serve para excluirmos a possibilidade de culto ao G.A.D.U. em atividades maçônicas, já que, normalmente, associamos direta e indiretamente, a Crença com a Fé, o que é correto apenas no plano religioso, não no âmbito da Maçonaria.

Crença ou Fé em entidades para além da matéria é traço comum a todas as sociedades.

Porém, na Maçonaria, esta crença é um estado psíquico que adotamos na busca pelo conhecimento.

Este movimento interno se inicia quando questionamos se determinada realidade é positiva e edificante e, nela, procuramos a verdade. Consideramos verdade aquilo que tem conformidade com os fatos e a realidade, ou seja, o conhecimento necessário para o próximo passo em busca da verdade.

O que seria o “próximo passo”? Simplesmente, tudo que deve ser feito após o contato com o “Princípio”.

O Princípio Criador ultrapassa a materialidade e o próprio tempo, pois, projetamos em nós o Princípio Criador da realidade. A construção social que almejamos não se realiza por pedras e argamassa. Mas, por valores, princípios e normas morais, que, como Maçons, adotaremos após nos instruirmos nos chamados “Sãos Princípios da Ordem”.

Para facilitar o entendimento, responda: – Os Templos e as Masmorras serão construídos com quais “materiais”? E mais além: – Quais são os princípios que lhe motivam a criar ações virtuosas? Observe que, no título do artigo, usamos “para que” e não “por que”.

Aprofundando no que chamamos de compreensão da realidade e na sua transformação em ação prática, afirmamos que não há nenhum mérito na simples crença em algo, se este algo não se traduzir em estímulo para a ação.

É o reverso do famoso dito basco “Não creio em Bruxas, mas que elas existem, existem!

No nosso caso, seria, simbolicamente, transformá-lo em “Creio em um Princípio Criador, mas, que ele não existe, não existe!”

A escritora e consultora de grandes corporações, Anna Rowley, em seu livro A Terapia do Líder, desenvolveu a Teoria da Liderança, através da qual, na formação de líderes, deve haver a compreensão de que crenças precisam ser mudadas, “mantendo os olhos abertos, vivendo plenamente e aceitando tudo o que o mundo e as pessoas ao seu redor podem lhe ensinar.”

NA MAÇONARIA, O PRINCÍPIO CRIADOR É DE TOTAL IMPORTÂNCIA. MAS, PARA O MAÇOM, O PRINCIPAL É O PRINCÍPIO TRANSFORMADOR.

DEDICO este artigo aos amados Irmãos da ARLS Mário Behring 200 oriente de Belo Horizonte que neste mês comemoraremos 34 anos (20/05/1985) de profícuos labores e aos Brothers da Morro Velho Lodge 5559 of Antient, Free and Accepted Masons of England, onde estivemos na Instalação do Venerável Mestre e comemoração pelos 120 anos de fundação (20/05/1899).

Sinto muito. Me perdoe. Sou grato. Te amo. Vamos em Frente!

Neste décimo terceiro ano de compartilhamento de instruções maçônicas, continuaremos incentivando os Irmãos a enriquecerem o Quarto de Hora de Estudo. Indiferente de graus ou cargos, somos todos responsáveis pela qualidade dos trabalhos em nossa Oficina.
Imprima este trabalho e deixe entre seus materiais maçônicos, havendo oportunidade solicite ao Venerável Mestre sua leitura e promova o intercambio de idéias.

Fraternalmente
Sérgio Quirino
Grande Primeiro Vigilante
GLMMG

Facebook Comments

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *