Autor Indefinido
“Quando os nossos cultos foram proibidos e, por eles fomos perseguidos, usamos chapéus de abas derreadas, balandraus com capuzes, andamos pelas sombras e por ruelas abandonadas, reduzimos as velas, batemos os malhetes, brandamente, e praticamos os rituais em surdina;
Assim, quando os nazistas enviaram os obreiros da Arte Real aos campos de concentração, eles abriram Lojas, sorrateiramente, ao redor de mesas simples e até celebraram iniciações; mas, não deixaram de se reunir sob o esquadro, o compasso e o Livro da Lei.
Eis que a disseminação de uma epidemia esvaziou os nossos Templos, impediu as nossas sessões, adiou as nossas iniciações, calou os risos dos ágapes, embargou os nossos Tríplices e Fraternais Abraços e até os toques discretos de reconhecimento de nossas mãos.
Todavia, não há como separar nossos corações e mentes, e, consequentemente, nos estancar, pois preservaremos a filantropia, os exemplos de justiça e honradez, os nossos contatos de assistência mútua e nas orações que juntos elevaremos ao Supremo Arquiteto do Universo pela proteção divina, em prol de cada membro da nossa Grande Família.
Nossa força persistirá, na beleza da nossa fé e da nossa união inabalável.
“Ad infinitum.
Ad aeternum.”
Remessa do Irm? Marcelo Cafuzo.
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