Percival Puggina
25/10/2023
Leio, diariamente, a coluna do jornalista
Cláudio Humberto em Diário do Poder. Na edição de ontem, ele escreveu:
“O Senado começa a discutir nesta terça (24)
e votará no dia 8 a proposta que limita decisões monocráticas
dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF),
acusados de “abusar” de interferências nos Poderes,
inclusive anulando leis federais e ou “legislando”,
o que a Constituição não prevê.
A PEC foi pautada no domingo, discretamente.
É a primeira vez que o Senado exerce o
poder de legislar sobre o STF,
do qual é o “tribunal”.
Outro projeto no Senado
fixa mandato para ministros da Corte”.
A coluna ainda informa que a tendência para aprovar pode ser alterada em virtude do período de convivência entre ministros do STF e os presidentes da Câmara e do Senado no evento parisiense transcorrido no início deste mês.
Conversas de cocheira mudam a sorte em muitas corridas de cavalo.
Nosso problema, como escrevi outro dia, é que os eleitores esquecem rapidamente as ações e omissões contra o interesse nacional tomadas ontem. E detentores de mandato sabem disso. Para desanuviar a lembrança, reproduzo a informação prestada pelo senador Espiridião Amim ao mesmo Diario do Poder no dia 4 deste mês:
“A Lei das estatais, declarada inconstitucional por um ministro, teve resultado benéfico durante seis anos. É por causa dessa decisão, que segundo levantamento da CNN, se abriu caminho para o governo nomear 587 cargos nas estatais, sem critério, com remunerações anuais que variam de R$ 214 mil a R$ 3 milhões”.
Atenção, eleitor, não esqueça desta informação quando lhe falarem em decisões monocráticas. Do jeito que as coisas estão, cidadãos esquecidos, omissos, desatentos, estão bem representados e fazem parte do desastre nacional.