“A meu ver, o esporte eletrônico é uma indústria de entretenimento, não é esporte. Então, você se diverte jogando videogame, você se divertiu. “Ah, mas o pessoal treina para fazer”. Treina, assim como o artista. Eu falei esses dias, assim como a Ivete Sangalo também treina para dar show e ela não é atleta da música. Ela é simplesmente uma artista que trabalha com entretenimento. O jogo eletrônico não é imprevisível. Ele é desenhado por uma programação digital, cibernética. É uma programação, ela é fechada, ela não é aberta, como o esporte — disse Ana Moser em entrevista ao UOL.”
Na década de 1990, quando o skate começou a tomar níveis de popularidade mundial e virou uma febre entre os adolescentes, existiram pessoas que questionaram o COI sobre a possibilidade desse esporte em ascensão integrar o cronograma olímpico.
A resposta do COI foi digna de um velho rabugento que não aceita nada de novo, acusando o skate de esporte de criminosos, não condizente aos valores olímpicos e que jamais veríamos este “pseudo-esporte” figurar em Jogos Olímpicos.
Pois bem, 30 anos depois vimos o skate não só integrar o cronograma, mas ser um dos esportes mais assistidos de todos os Jogos nas Olimpíadas de Tóquio.
A posição da ministra Ana Moser não difere muito da antiga postura do COI, hoje tão aberto a inclusões que terá breaking dance nas próximas Olimpíadas, e mostra como existe uma noção de desvalorização dos esportes do Brasil.
Na visão da ministra, extremamente retrógrada, esportes mentais não são esportes e que, comicamente, se compara a cantar e dançar. Sendo que o próprio COI considera a dança um esporte.
A única utilidade do retorno deste ministério dos esportes aparentemente é escolher o que é esporte ou não através de burocratas ou esportistas dos esportes antigos. Como se o voleibol praticado por Ana Moser não fosse considerado um dia um “não esporte”.
– Artigo completo originalmente
na página Liberalismo Brazuca no Facebook.
O que não é esporte, segundo Ana Moser – Instituto Liberal
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