Todos conhecem a pergunta tradicional: “O que vindes fazer, aqui?” Já percebemos que o desafio é bem maior do que a resposta dada, contendo algumas palavras decoradas e recitadas quando nos inquerem.
Vencer paixões é desafiante quando, dentro do convívio maçônico, o dia a dia nos ensinou que o recomendável é não discutirmos política, futebol e religião E, nos tempos ainda mais atuais, ideologias como a de gênero…
Por que não é recomendável o bom debate sobre tais ideologias?
Exatamente porque ainda não estamos assim tão dispostos a vencer nossas paixões, não é mesmo?
Outro dantesco desafio, é o de submeter nossa vontade, principalmente ao GADU, tal e qual compreendemos e concebemos.
Como aceitar com o coração cheio de gratidão e sem nenhuma resignação, qualquer revés que possamos colher em nossa vida, seja de natureza física como saúde, seja de cunho emocional e psicológico, seja profissional ou social…
Enfim, simplesmente não aceitamos colher o que plantamos nos dias passados, consciente ou inconsciente da semeadura que fizemos.
Dificilmente cedemos numa entrega plena e sem reservas, diante dos infortúnios.
GADU só é bondoso, esplêndido e maravilhoso, quando me abençoa com coisas que considero boas para mim…
Mas quando certas “LEIS” acionam as engrenagens do resgate, da compensação, por algum desequilíbrio que eu tenha causado, quero ver o irmão, senhor da verdade, submeter sua vontade…
Finalmente vale nos perguntar se fazer progressos na Maçonaria é galgar todos os graus do rito que praticamos, colecionando aventais, comendas, joias e demais honrarias advindas da caminhada, muitas
vezes meteóricas e vaidosas, ou se o progresso principal é aquele que possamos aferir pelo consciente esquadrejamento de cada um de nós?
Se o progresso é aquele que é medido interiormente pela nossa sã consciência, também vale perguntar como realiza-lo, apenas copiando e colando tudo o que encontramos no Google e nas redes sociais para formatar nossas Peças de Arquiteturas?
Como fazer progressos sem refletir, questionar, experimentar e, pela prática da instrução recebida, chegar a uma conclusão própria, ÚTIL para o nosso momento e com a nossa paixão serenada e nossa vontade submetida, concluir sem alardes, sobre o que nos serviu e o que ainda não nos serve de cada instrução?
Desafiante é verdade… mas quem sabe seja igualmente possível!
Ir.’. Sidnei – Loja de Estudos e Debates
Matéria enviada pelo Ir.’. Luiz Antonío