A convergência dos assédios contra o cristianismo e os cristãos, contra a infância e quem busca protegê-la, fica claramente percebida quando nos lembramos das palavras de Jesus Cristo.
Há quem creia que o “politicamente correto” tem algo a ver com convívio social respeitoso. No entanto, não é assim. Respeitar, é mais do que isso, amar o próximo, é o segundo maior mandamento afirmado pelo cristianismo. Surrupiar essas qualidades e virtudes sociais para o âmbito do “politicamente correto” é uma fraude praticada por quem, de hábito, não lhes dá a mínima e chama fascistas os cristãos e conservadores que as pregam e praticam.
O “politicamente correto” é uma fórmula esperta de ação política. Manifesta-se como produto de sistemática construção por incessante repetição, para:
– proclamar vencidas discussões que ainda estão abertas, impondo conceitos, destruindo valores e ofendendo crenças alheias;
– dar por consensuais e moralmente superiores concepções que não são uma coisa nem outra;
– eximir de críticas pessoas e práticas que põe sob seu manto protetor.
Trata-se, portanto, de algo político no sentido mais ladino e enganoso dessa ciência. E não por acaso, a tarefa de construir postulados “politicamente corretos” é pretensão exclusiva dos partidos e grupos à esquerda, rotulando como incorreta toda a divergência. O politicamente correto tem sido uma trincheira para:
– dar cobertura à ideologia de gênero;
– tratar bandidos como vítimas;
– identificar como “fobia” e incorreção as mais tênues divergências;
– arrancar crucifixos das paredes;
– proteger os mais variados tipos de cotas;
– justificar o desaprisionamento;
– defender a sacralidade do Queermuseu; e por aí vai.
Todas as reações contrárias ao Queermuseu foram carimbadas por jornalistas corregedores da opinião pública como “politicamente incorretas”. Chegava a ser bisonho. Diante das portas fechadas do Santander Cultural, manifestantes nuas defendiam a sacralidade do profano enroscadas em práticas sexuais. No interior do recinto fechado pelo proprietário, o realmente respeitável (a infância em todas as suas dimensões) e o realmente sagrado (uma religião e seus símbolos) haviam sido profanados e vilipendiados. E o vilipêndio cobrava para si exibição pública!
Não é contraditório? O mesmo critério político, legislativo e jurídico que, em nome do respeito “politicamente correto”, tenta inibir humor e piadas de gosto duvidoso, não se sente minimamente desconfortável – ao contrário, não raro se assanha – quando o ataque se dirige a quem recebe, através dos séculos, o amor e a adoração de bilhões de pessoas.
Mal virou a semana, novamente em Porto Alegre – cidade sob assédio, bem se vê – um monólogo exibido com patrocínio público (essas drogas não sobrevivem da bilheteria) apresenta Jesus Cristo como um travesti e “Rainha do céu”. A tentativa de sustar-lhe a exibição por via judicial trombou contra o … “politicamente correto”. Entendeu o magistrado do feito que não precisa citar lei para negar a medida solicitada “porque todos somos iguais”. Questão que não estava em causa. Fosse a pessoa exposta em situação aberrante alguém vivo, poderia certamente requerer a proteção de sua imagem. O magistrado é, por certo, respeitabilíssimo, mas esse tal Jesus Cristo? Quem por Ele?
A convergência dos assédios contra o cristianismo e os cristãos, contra a infância e quem busca protegê-la, fica claramente percebida quando nos lembramos das palavras de Jesus: “Deixai vir a mim as crianças, não as impeçais porque o Reino dos Céus pertence aos que se tornam semelhantes a elas” (Mt 19:14). Para muitos isso é simplesmente intolerável.
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22 de setembro de 2017