Dizem que os deuses ensinaram os homens a tecer.
É possível. Acredito piamente.
Aprendi essa arte, na minha vida… Sem ser motivado, apesar da sua importância econômica considerada, na época, em que iniciei a me preparar para o “pesado”.
Refiro-me àquele tempo, um pouco anterior, à metade do século passado. Pois, em São Paulo, o parque industrial brasileiro, quando a gente via os trabalhadores se deslocando uniformizados, pelas ruas, em direção as principais estações de trens suburbanos, com suas características marmitas nas mãos, falávamos com respeito e admiração:-
“Lá vai um tecelão embuçado no seu macacão cáqui de mangas compridas, por causa do frio intenso, de cachecol de lã envolvido, no pescoço e com a célebre boina na cabeça “. Notava-se um entusiasmo fervilhante, no conjunto deles.
E por que essa importância toda para uma classe de trabalhadores tão simples?
A indústria têxtil brasileira destacava-se, então, como a maior empregadora da indústria de transformação. Ainda hoje, ela perde, só para o conjunto de fábricas voltadas para alimentos e bebidas.
Suas máquinas evoluíram demais. A produtividade cresceu muito com o advento de fibras sintética e artificiais de grande tenacidade. Assim, o número de empregados foi considerável e inapelavelmente reduzido com o espantoso avanço da tecnologia.
Em certo momento perguntávamos qual a necessidade de tantas roupas para o ser humano? Por que temos que andar tão vestido, enrolados e afogados em tecidos?
As roupas aumentam a demais a eficiência dos homens. Com elas não é preciso migrar tangido pelas intempéries. Eles enfrentam galhardamente todas as dificuldades do tempo, faça calor escaldante dos desertos africanos ou frio insuportável das regiões polares. Desde que se protejam adequadamente, tendo a vestimenta como instrumento para vencer qualquer situação adversa que tolhe todos os animais conhecidos. Os homens têm poder de se mudar com enorme rapidez, levados por jatos dos supersônicos, das reuniões mais frias e alcançar o ponto mais aquecido do planeta em tempo diminuto. Isso graças ao que permite a proteção dos tecidos. Pois graças a essa proteção, conquistam também os espaços siderais. Hoje são capazes de perambular, com elas por planetas e satélites além do nosso.
Mas houve mesmo intervenção divina?
Há pouca evidência arqueológica sobre a origem dos tecidos. Mas, aqui pra nós, por que não se a fonte de tudo neste mundo é uma só? Nada afirma ou determina a data em que as roupas começaram a ser usadas por nossos antepassados. Certamente os primeiro passos foram dados utilizando peles animais. As primeiras ferramentas utilizadas para raspar as peles datam de 780 mil anos atrás. Tudo indica que os couros serviram para abrigo em vez de vestimentas. Certamente, os homens se familiarizaram com a arte de tecer, através dos pássaros que entrelaçavam fibras para armar seus ninhos, revelando-se exímios tecelões. Há um vasto tipo de formas de seus ninhos. Alguns abrigam, outros camuflam e os protegem até de predadores.
A fábrica têxtil se inicia em um depósito de fibras. Do mesmo modo como a natureza provê os pássaros tecedores. A indústria objetiva a transformação de fibras em fios, pela limpeza, segregação, depuração, justaposição e agregação das fibras uma as outras pela torção. O passo seguinte e o de transformar fios em tecidos pela reunião desses fios e pelo processo de entrelaçá-los E finalmente a transformação de tecidos em roupas, produtos para o lar e para indústria, em geral.
A manufatura dos tecidos é uma das mais velhas tecnologias do homem. Desde o Antigo Egito, já se utilizava o tear antigo. Existiam dois tipos: o tear de Circe e o tear de Penelope, que pode ser vistos nas pinturas gregas.
Naquela época, existia uma certa dificuldade em achar matéria prima, por este motivo existia um variado cultivo de fibras, como linho, algodão, seda e lã. O cultivo do linho se desenvolveu nas costas da Suécia e simultaneamente, nas margens do Rio Nilo. Enquanto o algodão veio da India. A produção de seda foi descoberta por Aristóteles e levada a Europa por padres, já a lã veio das estepes da Ásia Central e chegou até a Inglaterra… [De acordo com a Wikipédia]