Rizzardo da Camino
Significa transformar uma pedra “de alicerce” informe, dando-lhe forma adequada para o seu aproveitamento na construção de uma obra de alvenaria.
Porém, em um sentido esotérico, esse desbastamento diz respeito ao próprio Aprendiz; desfazer-se das “arestas” para formar um elemento humano, despertando virtudes, banindo vícios e transformando algo “bruto” em utilidade para si próprio e para a sociedade.
Mesmo que da pedra bruta sejam retiradas as arestas, essas subsistem como “refugo”, mas deverão ser reutilizadas, pois nada de perde de uma pedra bruta.
O desbastamento equivale ao aprendizado; lentamente, o Aprendiz adquirirá formas definidas; paulatinamente, ele burilará essa pedra, para finalmente dar-lhe polimento; refletirá nela, então, a sua nova personalidade.
Nenhum maçom pode afirmar que já não possui arestas, pois essas podem retornar e ferir com maior profundidade.
A cada dia devemos perguntar a nós mesmos: vejo ou noto em mim alguma aresta?
Após um rápido exame, senão a encontrarmos, podemos então dar início à construção de nosso templo interior.
(Breviário Maçônico.
6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 122).