Rizzardo da Camino
A origem do vocábulo é grega: philos e anthropos, que pode ser traduzida por “amor ao homem”, no sentido de amparo. A religião possui um sinônimo de filantropia: caridade. Inexistem Lojas Maçônicas Filantrópicas porque o objeto da Maçonaria não é prática da caridade, no sentido de auxílio aos necessitados, porém trata-se de uma prática virtuosa do maçom que recebe os ensinamentos para dedicar Tempo e haveres em benefício ao próximo. A Maçonaria forma e forja o maçom na prática da filantropia, como parte do aperfeiçoamento, na novel filosofia da vida. Em todas as sessões maçônicas são recolhidos os óbolos destinados aos necessitados. Essa prática tradicional não passa de um primeiro impulso, de um exercício para demonstrar que a prática da caridade é uma virtude. No entanto, ao serem depositados os óbolos, o maçom deposita ao mesmo Tempo a si mesmo. Não é o óbolo que aliviará a necessidade do carente, mas a dação total (espiritual) do maçom. A esmola não é um ato mecânico de desprendimento meramente simbólico: deve ser um gesto de humanidade, de amor e de altruísmo. Um olhar benévolo, uma atitude amistosa, um apoio moral, isso significa exercitar a filantropia.
Breviário Maçônico. 6. Ed. – São Paulo.
Madras, 2014, p. 166. BREVIÁRIO MAÇÔNICO