– Hercule Spoladore
O que é um manuscrito? Dos dicionários, constam como aqueles fatos, aquelas ideias, aqueles pensamentos, aquela história, aquele diálogo que se escreveu e que se registrou através da escrita à mão. Obra escrita à mão.
Os manuscritos iniciais, quando não existia a imprensa eram escritos em
papiro, pele de cordeiro, pergaminhos com iluminuras ou mesmo sem elas e em folhas de papel. A maior parte dos manuscritos foi escrita em rolos sobre um suporte, ou preservados em atas antigas de Igrejas ou outras Instituições e em bibliotecas e museus.
A Paleografia é o estudo das escritas antigas e medievais e se refere aos manuscritos e matéria própria deste tipo de escrita em papiros e pergaminhos.
Os manuscritos mais antigos que se conhece são de origem religiosa. Evidentemente, após as descobertas feitas na costa noroeste do Mar Morto, dos manuscritos encontrados dentro de vasos de argila em cavernas calcárias situadas em Qunram a partir de 1947 muitos outros foram encontrados sendo que até a presente data foram descobertos cerca de 900 documentos, textos e fragmentos de textos que correspondem a 350 obras a maior parte referindo-se ao antigo testamento (Tanakh) e
estes documentos datam de 150 a.C. até 70 d.C. estão sendo estudados pelos exegetas e paleógrafos mais competentes do mundo.
Acredita-se que o Livro de Isaías datado de 125 a.C. seja o mais antigo. Os escribas que escreviam os textos eram conhecidos como massoretas.
Acredita-se que estes textos foram escritos pelos essênios, seita judaica que se afastou das demais.
1 – Manuscritos e Documentos Antigos
– Hercule Spoladore Foi encontrado na máscara de uma múmia egípcia de pessoa comum, e não de um rei, que certamente seria de ouro, um fragmento de papiro e que foi comprovado pelo isótopo de carbono ser muito antigo, no qual trazia um texto do Novo Testamento, datado de 80 a 90 d.C. Até então o manuscrito mais antigo conhecido era do século II d.C. Acredita-se que o papiro era na época no Egito usado e reutilizado para criar máscaras e outros objetos. Este manuscrito simplesmente trata-se do Evangelho de Marcos.
Outros manuscritos antigos foram encontrados não só relacionados aos judeus, mas também aos islamitas.
Na Universidade de Birmingham, Inglaterra foram encontrados fragmentos do Alcorão, que estavam arquivados erradamente na Biblioteca da Universidade, e são cópias do texto islâmico do Alcorão, cuja idade estimada feita pelo rádio carbono seria de 568 a 645 d.C.
Maomé viveu de 570 d.C. e faleceu em 632 d.C. O texto foi copiado por algum escriba contemporâneo a Maomé. Este documento, dizem os autores ser o mais antigo manuscrito encontrado sobre o Islamismo.
Em Bolonha-Itália foi descoberto um manuscrito em pele de cordeiro que foi catalogado erradamente por um arquivista de uma Biblioteca local em 1889 que se acreditava ser do século XVII, Mas o professor Dr. Mauro Perani, especialista na língua hebraica, constatou que o texto era anterior às normas da escrita do Torá adotado no século XVII. Usando os métodos de avaliação da antiguidade pelo carbono, tanto na Itália, como nos USA percebeu-se que o manuscrito foi escrito no final século XII e inicio do século XIII. Este manuscrito tem 36 metros de comprimento 64 centímetros de largura.
Este manuscrito encontrado sobre o Torá é considerado o mais antigo do mundo.
Citam-se ainda as crônicas do tempo dos reis anglo-saxões e dinamarqueses instituídas pelo rei Alfredo, datadas do século IX e X (Idade das trevas) e também os manuscritos do tempo dos reis franceses, normandos e angevinos do século XI ao XIV. Não se tem provas a respeito. É difícil conhecermos a história passada da nossa atual civilização lá pelo ano 1000 a 1200. Quase nada se encontra a este respeito. O povo era quase totalmente analfabeto, apenas algumas pessoas, filhos de nobres, de reis, os sábios os clérigos sabiam ler e escrever. Pouca gente tinha uma instrução básica. O povo vivia de lendas e das restrições religiosas impostas pela Igreja Católica.
Mas mesmo assim havia gente que sabia escrever e ler entre o povo. Deste grupo de pessoas existiam os copistas que eram profissionais que copiavam os manuscritos antigos antes da invenção da imprensa. Entre os gregos e romanos os copistas profissionais não passavam de escravos letrados. Entre os hebreus, o copista era um sábio, um comentarista dos textos sagrados.
Johannes Gutenberg reinventou a imprensa em 1454. Ela já era conhecida pelos asiáticos em especial do povo chinês desde o ano 105 d.C. data da invenção do papel. Até a reinvenção da impressa, 10 copistas produziam 10 livros ao ano. A partir da reinvenção da imprensa começaram a serem impressos cerca de 1000 livros/ano. Foi na ocasião uma revolução muito grande em matéria do saber e da divulgação de textos. Tem autores que consideram a reinvenção da imprensa como a Internet da época.