Victor Hugo

É Nosso Irm.
Poeta e escritor francês

Por Dilva Frazão

Biografia de Victor Hugo

Victor Hugo (1802-1885) foi um poeta, dramaturgo e estadista francês. Autor dos romances, “Os Miseráveis”, “O Homem que Ri”, “O Corcunda de Notre-Dame”, “Cantos do Crepúsculo”, entre outras obras célebres. Grande representante do Romantismo, foi eleito para a Academia Francesa.

Infância e Adolescência

Victor-Marie Hugo nasceu em Besançon, França, no dia 26 de fevereiro de 1802. Filho do Conde Joseph Léopold-Sigisbert Hugo, general de Napoleão, e Sophie Trébucher passou quase toda a sua infância fora da França em viagens constantes, que faziam parte da vida do General Léopold. Esteve na Espanha e na Itália.

De 1814 a 1816, Victor Hugo fez seus estudos preparatórios no Liceu Louis le Grand. Nessa época seus cadernos ficavam repletos de versos.

Com 14 anos lia os livros de René Chateaubriand, iniciador do Romantismo francês. Dizia: “Quero ser Chateaubriand ou nada”. O pai queria vê-lo ingressar na Escola Politécnica, mas ele recusou para se dedicar à carreira literária. Em 1817, recebeu um prêmio em um concurso de poesia da Academia Francesa.

Em 1819, Victor Hugo recebeu o “Lírio de Ouro”, prêmio máximo da Academia de Jogos Florais de Toulouse, por uma Ode, ao restabelecimento da estátua do rei Henrique IV que foi derrubada na Revolução.

Nesse mesmo ano fundou, junto com os irmãos, a revista “O Conservador Literário”. O primeiro ensaio da revista foi chamado “Ode ao Gênio”, tributo prestado a Chateaubriand. Com quinze meses de vida a revista havia publicado mais de cem artigos entre política e crítica literária, teatral e artística.

Romantismo Francês

Em 1822, Victor Hugo casa-se com Adèle Foucher, amiga de infância. Nesse mesmo ano publica sua primeira antologia poética “Odes e Poesias Diversas”, obra que lhe valeu uma pensão de Luís XVIII. Em 1823 publica se primeiro romance, “Han de Islândia” e a partir desse momento começou a se aproximar das ideias românticas.

Em 1827, escreveu “Cromwell”, sua primeira peça teatral, sucesso de público e crítica. Em 1829 publica “O Último Dia de um Condenado”, um apelo ao fim da pena de morte, e a peça “Marion Delorme” vetada pela censura.

Em 1831, escreve seu mais célebre romance “Notre-Dame de Paris” (O Corcunda de Notre-Dame), romance medievalista centrado na tragédia do “corcunda Quasímodo” e da “cigana Esmeralda”.

Defensor do livre arbítrio tanto na religião quanto na política, Victor Hugo se proclama um liberal. Em seguida lança “Lucrécia Borgia” (1833) e “Maria Tudor” (1833). Separado de Adèle, com quem teve cinco filhos, passa a viver com a atriz Juliette Drouet, que foi sua companheira até a morte.

Victor Hugo se torna o mais famoso poeta e prosador do Romantismo francês. Grande defensor das novas ideias do Romantismo, declarou:”A liberdade literária é filha da liberdade política. Eis-nos libertos da velha forma social; e como não nos libertaríamos da velha forma poética? A um povo novo, uma nova arte”.

Academia Francesa e a Política

Em 1841, já célebre e rico, Victor Hugo é eleito para a Academia Francesa, e frequenta a corte das Tulherias. Em 1845 torna-se membro do senado francês. Por seu espírito combativo recebe o apelido de “Leão”. Preocupado com a miséria do povo, funda e dirige o jornal “O Acontecimento”, no qual os filhos Charles e François são redatores.

Caricatura do poeta-político (1841)

Em seu jornal, escreve artigos nos quais defende a candidatura do príncipe Luís Napoleão para a presidência da República. Eleito, Napoleão III viola a Constituição. Victor Hugo desiludido, não aceita a política adotada pelo líder que ajudara a eleger.

Victor Hugo é perseguido ao tentar organizar a resistência à ditadura de Napoleão III e se refugia em Bruxelas, onde começa seu exílio de mais de 18 anos.

De Bruxelas vai para Jersey e depois para Guernesey, só retornando depois da queda do Império. No exílio, período mais fértil de sua vida literária escreve: “Os Castigos” (1853), “As Contemplações” (1856), “Os Miseráveis” (1862), e o “Homem que Ri” (1869), entre outras.

Em 1870, Victor Hugo é eleito deputado e se torna presidente da ala esquerda da Assembleia Nacional. Em 1876 se elege senador.

Em 1883, morre Juliette Drouet, sua amante e companheira por 50 anos. Dois anos depois o poeta a segue. Em seu testamento dizia: “Dou cinquenta mil francos aos pobres. Desejo ser levado ao cemitério em um carro fúnebre e refuto de oração de qualquer igreja, rogo as preces de todas as almas. Creio em Deus”.

Victor Hugo faleceu em Paris, no dia 22 de maio de 1885. Em seu testamento deixa cinquenta mil francos aos pobres e pede preces de todas as almas. Foi sepultado em 1º de junho no Panteão, o monumento fúnebre dos heróis nacionais.

 

É Nosso Irm.
Poeta e escritor francês.
Fonte https://www.ebiografia.com/victor_hugo/

 

 

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