“NINGÉM PODE SERVIR A DOIS SENHORES”

Sérgio Quirin0

Saudações, estimado Irmão!

A sentença “Ninguém pode servir a dois Senhores” é parte de um preceito religioso ou regra de costumes, às vezes usado pelos críticos da Maçonaria, quando a tratam como uma religião.Trata-se de críticas desinformadas ou mal informadas. A desinformação ocorre quando se sustenta dogmas que impedem o pretenso crítico de ser um livre pensador. Por outro lado, há a má informação. Muitos equívocos divulgados até por Maçons podem sustentar falsas criticas.Não existe “Casamento Maçônico”. O que há é uma cerimônia de Reconhecimento Conjugal. Não temos, na Maçonaria, nem sessão preta nem “Sessão Branca.” Existem Sessões Públicas. E o Grande Arquiteto do Universo não é nosso Deus. É um Princípio (início, razão, regra, fundamento) Criador. Portanto, não é o Senhor dos Maçons.

A Maçonaria não é uma religião, não presta culto a nenhuma divindade, não difunde entre seus membros regras que garantirão o paraíso e muito menos obriga a todos seguirem a mesma liturgia religiosa.

Mas, a crença em um Ser Superior, tenha o nome que tiver, é obrigatória. Pois, até mesmo o homem mais primitivo reconhece sua pequenez diante da complexidade da natureza e sente, em tudo que lhe rodeia, uma força que não consegue explicar e que lhe causa profundo respeito.

Para nós, o título de “SENHOR” não nos representa o respeito pela dignidade de alguém. Mas, sim ao nosso comportamento diante de situações e escolhas que fazemos na vida. A simbologia está claramente expressa no Pavimento Mosaico: Podemos caminhar sobre várias alternativas, mas, ao pararmos, estaremos onde escolhemos estar.

Caminhamos por estradas tortuosas com entradas para as virtudes e vícios, verdades e mentiras, honra e lubricidade. A cada trevo há o desvio. O resultado pode ser o ponto final, onde nos relacionamos com o ambiente. Esta, sim será a relação de senhorio.

Assim como nos feudos medievais, as leis eram criadas por um Senhor. Se ele for um bom Senhor, haverá virtudes, verdades e honra em sua vida. Mas, se houver vícios, mentiras e libidinagem, estará sob o jugo da escravidão.

SOMOS NÓS QUE DIRECIONAMOS NOSSA VIDA. EM ESSÊNCIA, NOS TORNAMOS NOSSOS PRÓPRIOS SENHORES, PELA CARTA DE ALFORRIA QUE NOS FOI DADA PELO SENHOR DEUS, QUALQUER QUE SEJA A SUA DENOMINAÇÃO.

ESTA CARTA DE ALFORRIA CHAMA-SE LIVRE ARBÍTRIO. NASCEMOS LIVRES E DE BONS COSTUMES. MAS, DURANTE NOSSO CRESCIMENTO SERÃO NOSSAS ESCOLHAS QUE NOS MANTERÃO OU NÃO NESTA CONDIÇÃO.

Em uma livre adaptação maçônica da Lei, poderemos dizer: Ninguém pode servir a dois senhores, porque não há de honrar um e enganar o outro, ou mentir para um e dizer a verdade ao outro. Não podeis servir a Virtude e ao Vício.

DEDICO este artigo aos Obreiros das ARLS Renascimento e Justiça 179 do Oriente de Manhuaçu, com os quais passei momentos memorais no XXI Encontro Regional do Dia do Maçom e aos Irmãos da ARLS Luz das Estrelas 335, do oriente de Santa Bárbara, onde tivemos a honra e o prazer de palestrar no XI Encontro da família Maçônica do Médio Rio Piracicaba. Vamos em frente.

Neste décimo segundo ano de compartilhamento de instruções maçônicas, mantemos a intenção primaz de fomentar os Irmãos a desenvolverem o tema tratado e apresentarem Prancha de Arquitetura, enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudos das Lojas.

Precisamos incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de enlevo cultural, moral, ético e de formação maçônico.

Fraternalmente
Sérgio Quirino
Grande Primeiro Vigilante
GLMMG
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