Por que a ONU defende o terrorismo?

 

Marco Frenette
27/10/2023

 

A parte civilizada do mundo está indignada com a postura da Organização das Nações Unidas diante do conflito entre Israel e os grupos terroristas.

O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, já havia acusado a organização de “colocar a cabeça na areia para não ver o crescimento do terror em Gaza”; e Brooke Goldstein, diretora executiva do “Lawfare Project” e do movimento “End Jew Hatred”, já afirmou que a ONU “dissemina uma narrativa que alimenta o terrorismo, além de demonizar os soldados do Estado de Israel”.

E o próprio secretário-geral da ONU, António Guterres, que já vinha condenando o “cerco total” imposto por Israel, e frisando que “entende as queixas de ambas as partes”, mas que “é preciso haver uma trégua”, está falando mais claramente que está do lado dos terroristas e contra Israel.

Ao aliviar para os terroristas e dificultar a vida de Israel e aliados, a ONU está sendo coerente com suas origens, pois ela nasceu com espírito e intenções totalitárias.

A forma mais simples e direta de constatar essa verdade é reparando que a esquerda nunca permitiu a entrada de conservadores nos altos escalões da ONU. Façamos uma breve retrospectiva.

O primeiro secretário-geral da ONU, o norueguês Trygve Lie, foi um socialista que recebia suporte financeiro e estratégico da União Soviética. Lie, quando jovem, se encontrava pessoalmente com Lênin, e depois permitiu que Trotsky se refugiasse na Noruega. Lie também controlava os sindicatos marxistas de seu país. Ou seja, a ONU debutou no cenário internacional sob direção de um cão de guarda dos interesses soviéticos.

Em seguida, assumiu como secretário-geral o sueco Dag Hammarskjöld, também socialista. Ele falou, mais de uma vez, da importância de “uma revolução comunista global”.

O terceiro secretário-geral, U Thant, era outro socialista. U Thant, assim como Lie, venerava o genocida Lênin, e comemorou publicamente as grandes similaridades dos “ideais comunistas com os ideais e diretrizes da ONU”.

E assim caminhou a ONU até os dias de hoje, permitindo apenas comunistas de carteirinha em seus comandos, sendo também o caso do atual secretário-geral, o já citado português António Guterres, que é um marxista. Ele foi secretário-geral, por uma década, do PS, o partido socialista português; e é figura carimbada em eventos comunistas, a exemplo de ter sido, por alguns anos, presidente da IS – Internacional Socialista.

Essa hegemonia vermelha se estende por todos os braços da ONU. Por exemplo, o etíope Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, também é um conhecido líder comunista.

É indiscutível que a ONU já nasceu, e assim permanece, com o objetivo de trabalhar pelo bem dos países comunistas e dos ideais comunistas, e dar apoio aos aliados de ocasião, a exemplo das teocracias islâmicas.

Portanto, não é de se estranhar que os interesses democráticos e civilizatórios de Israel e aliados ofendam profundamente a ONU. Essa organização só não assume de modo descarado sua posição ideológica e política porque, para continuar a existir, precisa sustentar as narrativas de que busca “promover a paz mundial” e “encontrar soluções que beneficiem toda a humanidade”.

 

 

 

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